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🖇 | Boa leitura!

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🗒CHRISTOPHER

Estava muito perto e parecia que ela iria deixar que eu fizesse aquilo. Entretanto, no último segundo, um milhão de coisas passaram pela minha cabeça. Dulce era uma pessoa anônima e mal acompanhava a mídia atual porque isso não era de seu interesse. Ela tinha uma personalidade reservada e gostava da ideia de ninguém estar se metendo em sua vida. E se nos envolvêssemos e as pessoas acabassem comentando demais? Dizendo coisas que a magoassem ou fazendo-a se sentir sufocada? Eu não queria que ela passasse por isso. Não queria que estar comigo fosse um problema.

Quando senti a respiração dela tocar a superfície dos meus lábios, fechei os olhos e soltei um suspiro, me afastando em seguida e ficando de pé. Dei as costas sem explicar nada e ela permaneceu em silêncio. Respirei fundo algumas vezes para me recuperar do quase beijo e esfreguei meu cabelo com uma das mãos.

— Christopher. — Dulce me chamou.

Virei-me de frente para ela que já estava de pé logo atrás de mim. Sem dizer uma só palavra, Dulce deu um passo na minha direção, jogou seus braços sobre meus ombros e ao redor do meu pescoço e apenas avançou, colocando sua boca contra a minha em um beijo totalmente inesperado. De repente minha mente se esvaziou. Dane-se a mídia, a opinião das pessoas ou o problema que era estar comigo. Aquela mulher tinha os melhores lábios e o beijo mais delicioso que já provei, isso era muito mais importante naquele momento.

Abracei sua cintura e deslizei minhas mãos por suas costas delicadamente, encaixando mais nossas bocas, permitindo que elas se conhecessem e se adorassem no primeiro instante. Parecia tão certo, tão fácil e intenso que era como se eu já tivesse feito aquilo com ela antes. E eu podia chutar que ela também pensava o mesmo, já que se entregou ao beijo com tanta vontade quanto eu.

Ao nos afastarmos para tomar fôlego, mantivemos nossas testas coladas enquanto respirávamos fundo. Ao abrir meus olhos, vi aquele belo sorriso brincar nos lábios dela. Eu também sorri e me sentia tão bem que poderia pular de alegria se ainda não estivesse a abraçando firmemente.

— Eu queria fazer isso há muito tempo. — confessei.

— No fundo eu sabia disso. — riu. — A gente pode fazer uma pausa das fotos agora? — perguntou sugestivamente.

— Com certeza — assenti.

Segurei a mão dela e nós entramos juntos no chalé. Sedento para mais, a puxei para mim e tomei seus lábios novamente enquanto caminhávamos às cegas pela casa. Chegando à sala, caminhei de costas até o sofá sem deixar de beija-la. Sentei sobre o estofado e Dulce veio para o meu colo, segurando o meu rosto e intensificando o ritmo em que movia a sua boca contra a minha.

Deslizei minhas mãos por suas coxas e deixei que meus dedos brincassem por baixo da barra de seu vestido. Quando fiz menção de subir mais, Dulce segurou meus pulsos e parou o beijo.

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