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🖇 | Boa leitura!

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🗒CHRISTOPHER

Acompanhei Dulce até a delegacia quando os policiais ligaram avisando que as filmagens das câmeras de segurança haviam sido recuperadas. Iríamos finalmente descobrir quem havia começado o incêndio na livraria. Dulce estava triste, ainda não havia aceitado que não teria mais aquele emprego de que tanto gostava. Prometi para mim mesmo que ficaria ao lado dela a todo momento por quanto tempo ela precisasse.

Entramos na sala do delegado onde nos seriam mostradas as filmagens.

— Não conseguimos identificá-la, mas talvez vocês possam conhecê-la. — o delegado disse, dando play no vídeo.

Era uma mulher?

No vídeo, a mulher em questão usava uma dessas máscaras hospitalares e estava com o capuz de seu moletom, ela com certeza não queria ser identificada. Depois de arremessar o coquetel molotov na vidração, ela sai correndo sem olhar para trás.

— Eu não faço ideia de quem seja essa pessoa. — Dulce franziu a testa.

— Vamos aproximar e pausar a imagem. — o delegado disse, fazendo isso logo em seguida.

Ele passou frame por frame bem de perto. Não dava para ver o rosto, mas um detalhe específico me chamou a atenção. No pulso, a criminosa usava uma pulseira de prata que refletiu na gravação, ficando bem aparente. Só havia uma mulher com uma pulseira igual que seria capaz de fazer algo assim. Imediatamente, me senti culpado.

— Eu sei quem ela é. — falei com um ar de derrota.

Dulce olhou para mim com um semblante confuso.

— Ela se chama Nathaly Adams. — contei.

— Quais seriam as motivações dela? — indagou o delegado.

Dulce continuava a me encarar com uma certa seriedade e um leve vinco entre as sobrancelhas. Aquilo estava me deixando constrangido.

— Ela é minha ex namorada e nós não tivemos um término amigável. De vez em quando ela me perturba falando coisas sobre mim, mas era só isso até então. Não achei que ela fosse realmente louca a ponto de colocar fogo no local de trabalho da minha atual. Essa pulseira... — apontei para a imagem na tela do computador. — Eu mandei fazer para ela quando namorávamos.

— Iremos indiciá-la e ela terá que depôr. Investigaremos e se estiver correto, teremos provas contra ela. Manteremos vocês informados.

— Obrigado. — agradeci.

Eu e Dulce saímos da sala e ela continuava quieta demais. Seu jeito estava começando a me agoniar.

— No que está pensando? — perguntei ao pararmos no corredor.

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