Verdades Secretas 2 - Giovanna e Angel (GiAngel)

Capítulo 1 - De Volta ao Brasil

Giovanna

A primeira coisa que a loira faz ao dar o primeiro passo fora daquele avião é inspirar o ar para em seguida expirar em tom jocoso. Definitivamente ela não estava contente em sentir os ares brasileiros lhe preencherem o pulmão. Sua ideia era de nunca mais voltar para "aquele país de quinta " como costumava chamar, mas agora ela tinha prioridades a cumprir que incluíam reencontrar pessoas do seu passado.

Quase seis anos faziam da sua partida para Paris e tanta coisa mudara...

Ela tinha 17 anos, era uma jovem garota que já tinha vivido e aprontado quase de tudo. Transado com incontáveis pessoas, usado drogas, tornado-se modelo, se prostituído e tido um caso com um gigolô de velhos. Após sua cartada final em delatar a madrasta o caso que seu pai mantinha com a filha dela, sua colega de colégio e ex namorada do seu primo, ela se foi com a consciência tranquila e assim permaneceu até mesmo ao receber dias depois a notícia que a madrasta havia se suicidado com um tiro certeiro na cabeça no fatídico dia do flagra. Giovanna não lamentou a morte da mulher, mas o quão burra ela era de ter feito isso.

" Uma vez burra, burra até como morre" proferiu com a mãe, Pia, no telefone.

Não muito tempo depois, em uma questão de semanas, veio outra notícia: seu pai morrera enquanto navegava de lancha por Angra dos Reis em companhia de Angel, sua amante e então filha de sua falecida madrasta Carolina.

Dessa vez, Giovanna não soube como reagir. Ela não era uma pessoa sentimental, então não chorou assim como não esboçou qualquer outra reação. Sua relação com o pai era difícil e distante. Ele preferia a companhia de  meninas com a mesma idade de Giovanna para satisfazer seus desejos sórdidos do que da própria filha, por isso desde que conhecera Angel na prostituição tinha criado uma obsessão por ela a ponto de casar-se com sua mãe para conseguir tê-la de volta. Algo bizarro até mesmo para a mente fértil de Kika.

A versão oficial era de que Alex, seu pai, havia se desequilibrado quando uma onda mais forte atingiu a lancha e caído em alto mar, não sendo encontrado. Porém, aquilo era suspeito demais para Giovanna que naquele momento preferiu esquecer e focar em sua badalada carreira como modelo, afinal ela ainda tinha muito dinheiro e se ela tivesse morrido no lugar dele, imaginaria que ele estaria "lamentando " sua morte enterrado entre as pernas de alguém. Da Angel...

E os meses foram passando, sua mentalidade mudando e sua relação com Anthony, o michê por quem havia se apaixonado, estava extremamente estremecida. Eles tinham uma relação aberta desde o Brasil, com ele se relacionando com a dona da Agência de modelos, Fanny, que Gi fazia parte e tinha negócios com a empresa de seu pai.  Depois de muitos planos para fazerem a vida a dois internacionalmente, com Anthony abandonando Fanny, porém a entrada de um novo caso do homem, o estilista Maurice Argent, para quem ela já tinha desfilado foi um dos grandes problemas. No começo, Anthony deixou claro que era interesse e necessário  para eles conseguirem ir para Paris fazer carreira, mas com o passar do tempo Giovanna se viu excluída e incomodada novamente em vê-lo cada vez mais envolvido com Maurice e cada vez menos com ela. Por fim, ela percebeu que era maior que aquilo e que talvez, pela primeira vez na vida, quisesse um romance à dois e que Anthony não a amava e na verdade, nem ela a ele.

Quer dizer, ela tinha 17 anos e apesar de vivida, ela ficou atraída por um homem mais velho que prometia mil e uma coisas que ela nunca ouviu dos garotos de uma ficada nas festas da vida. Ela havia se apegado a Anthony porque ele foi a primeira pessoa que lhe demonstrou algum sentimento, que jamais teve da mãe perua e muito menos do pai pedófilo. Apesar de extremamente esnobe e egocêntrica, no fundo Giovanna era uma pessoa carente de sentimentos, atenção e cuidado.

E quando enxergou essa dependência emocional, se libertou e foi viver sua juventude. Cresceu profissionalmente, viajou o mundo, conheceu e se envolveu com pessoas, mas sem mais se apegar. Porém, ela tinha marcas e pendências do seu passado, concentrados em uma pessoa em específico: Angel.

A garota do interior que ela zombava na frente de todos do colégio, tinha no final dado a volta por cima. Era uma boa aluna, bonita, modelo e conseguido tudo aquilo que ela almejava: ser amada por todos e em especial pelos homens da sua vida, seu primo e pai. E pior, se o seu maior sonho com a delação do caso de Angel e Alex era ferrar a rival, o tiro saiu pela cabeça de Carolina.

Angel, além de não ter sido considerada suspeita na época da morte de Alex, havia conseguido se casar com seu primo Guilherme, engravidado e ido morar longe desfrutando do dinheiro da sua família. Entretanto, recentemente Gui havia também morrido em um suspeito acidente de carro, deixando Angel viúva e com dívidas. Com isso, agora Giovanna Lovatelli Ticiano estava de volta em busca de uma só coisa: vingança.

Notas da Autora:

Vamos lá! Me perdoem demais a escrita, eu tô bem enferrujada e essa é a primeira fanfic que escrevo e tinha que ser da minha novela favorita, né? Ainda mais do casalzão que nos foi dado: GIANGEL.

Eu sei que vocês queriam que o capítulo já fosse para os finalmente entre essas duas, BUT eu sou uma pessoa que gosta de contextualizar e quer dar profundidade nas situações justamente pra elas serem mais compreendidas e SHIPPÁVEIS ainda! E infelizmente temos que concordar que contexto foi uma coisa que faltou e muito nessa verdades secretas 2, né?

Então nesse e no próximo capítulo eu quero focar no que houve com a Angel e a Gi nesses anos e o que levou a elas agirem como agiram durante toda essa temporada porque acho importante mostrar os meios que justificaram os fins.

Essa fic não será longa, provavelmente com uns 8 capítulos no máximo do máximo e tem o intuito de tentar mostrar como queria que tivesse sido trabalhado a relação dessas duas.

E claro, se vocês gostarem, eu estiver inspirada e achar que vai dar bom caso o final 1 seja o escolhido, na terceira temporada que vier eu posso dar continuidade a isso aqui. "Falei" demais, né? Como sempre. Enfim, espero que tenham gostado e venho deixar frisado: SAPATÃO NÃO TEM PAZ