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Ninguém nunca imaginaria que uma situação assim seria possível, nenhum dos presentes ali poderiam entender o motivo de tal coisa, mas quem iria contestar as ordens ou desejos de Vitória?
Ser chamada para tomar café da manhã junto da Rainha da Inglaterra e os outros moradores do palácio era algo praticamente irreal em sua visão, bom, até o dia de hoje. Até poderia imaginar que os Haitani seriam chamados mas, você?!? Não faz o menor sentido.
Como era de se esperar, você estava na ponta mais distante da Rainha e de seus nove filhos que vinham nas cadeiras seguintes da longa mesa de café da manhã, repleta da maior variedade de pães e doces. Após os filhos da Rainha, algumas outras crianças estavam sentadas e como hoje pareciam que todos no castelo estarem reunidos ali, essas crianças provavelmente eram filhas ou parentes de outros nobres que não puderam — ou quiseram — aparecer, o que te pegou de surpresa é o fato de William estar entre eles mas pensando um pouco faz total sentido. Aqui, vocês são completos desconhecidos.
O fiel conselheiro e primeiro-ministro da Rainha, Melbourne vinha em seguida, de certo modo ele parecia nervoso, ele sabia que muitos dos nobres não vieram pelo fato de você estar ali, o próprio Melbourne tentou contestar Vitória, a perguntando se tinha certeza e em todas as vezes alegou que sim.
Tinha certeza de que isso não era algo comum, assim como o primeiro-ministro, as governantes que aguardam as crianças terminarem suas refeições próximas às paredes do local estavam inquietas mas pelo visto, Vitória parecia não se importar.
Há algumas horas, tinha sido acordada com batidas na porta e assim que a abriu foi informada que a Rainha desejava sua presença na primeira refeição do dia e que deveria se juntar a ela no salão principal em vinte minutos. Não estava em posição de recusar fora que estava com fome por mal ter se alimentado há dois dias então apenas assentiu e fechou a porta, o tempo disponível para se aprontar era mais do que o suficiente para você.
Trançou seu cabelo deixando alguns fios soltos como de costume, o dia em si não estava frio mas a brisa gélida cortava qualquer calor que o Sol poderia proporcionar, então vestiu uma blusa de manga longa de lã preta e uma calça jeans. Assim que abriu a porta, foi parada por um soldado que afirmou que te acompanharia até o salão.
O cheiro de chá quente invadiu seu nariz ao entrar no ambiente, assim como o breve calor do Sol que as enormes janelas de vidro deixavam entrar. Conforme era guiada até a cadeira, franziu o cenho ao sentir as orbes azuis de William te fitando a cada passo, quando retribuiu o olhar negou discretamente com a cabeça enquanto rodava os indicadores alegando que outra hora conversariam.
Não fazia nem uma hora que tinha se juntado aos outros na mesa, mas desde que chegou viu que Vitória exibia um alegre sorriso, sendo esse diferente dos outros momentos que a viu já que sempre tinha uma aura soturna sobre si.
A mais velha discutia algo com uma de suas filhas, e pela proximidade da cadeira, ela era uma das mais novas. Não estava surpresa pelo fato de os filhos mais velhos de Vitória estarem presentes, afinal, eles deveriam conhecer a própria mãe bem o suficiente para saber o quanto a morte de seu amado a afetaria.
