Blood Bonds

Sem misericórdia

Harry conforta Severus após as maquinações de Dumbledore.

Comentem, gosto de saber o que vocês estão pensando sobre a história.

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Harry ficou atrás da mesa dos professores, ouvindo as negações de seu companheiro ainda petrificado em sua cabeça. Externamente, a sala ficou em silêncio enquanto todos observavam a cena diante de seus olhos incrédulos. Harry Potter e Severus Snape foram casados? Potter tinha asas? Dumbledore era... mau?
Eles poderiam ter ficado ali imóveis para sempre, se o feitiço que prendia Snape não tivesse acabado.

"Harry?" O soluço silencioso e quebrado de seu companheiro estimulou o homem furioso a entrar em ação. Com um grito, ele envolveu seus braços e asas, protegendo-o do mundo. Embalando-o, ele murmurou palavras sem sentido de amor e conforto.

Fora de seu abraço apertado, mais de um rosto estava molhado de lágrimas. Neville, suas próprias lágrimas correndo livremente, mudou-se para a frente. Pisando brevemente no papel que, se não fosse pelo capricho de um louco, poderia ter sido seu, ele chamou a atenção da sala para si e para longe do casal enlutado à mesa.

Ele falou com sua recém-descoberta confiança silenciosa, não deixando dúvidas de que aqui estava um homem no controle.

"Todos os alunos, por favor, voltem para seus dormitórios. Monitores, por favor, acompanhem-nos." Apesar de sua postura, ele ficou surpreso quando os alunos seguiram suas ordens. Nenhuma palavra foi dita enquanto a sala se esvaziava. Quando restaram apenas os adultos e o círculo, Neville se voltou para seu líder.

"Harry." Ele cautelosamente se aproximou do par, mantendo sua voz baixa e não confrontadora. Ele sabia que tinha sido ouvido quando Harry parou. "Harry, você precisa levar Severus para seus aposentos. Ele precisa ir para seus aposentos agora." falando as palavras suavemente, ele lentamente se aproximou da mesa. Finalmente, o rosto coberto de lágrimas de Harry ergueu-se do santuário de suas asas. A expressão no rosto do jovem fez com que os outros na sala ofegassem. Tanta dor... eles nunca tinham visto tanta dor em alguém tão jovem antes.

"Oh, Harry..." O soluço sufocado de Hermione lembrou ao ex-grifinório que havia outras pessoas na sala. Impressionado e abertamente hipnotizado, todos os olhos observaram enquanto ele se recompunha visivelmente.

"Auror Shacklebolt, Diretor Interino McGonagall," Minerva começou ao ser chamada por seu novo título. "Meu companheiro precisa de mim. Vou levá-lo para um local seguro e depois voltar para responder às suas perguntas e planejar nosso próximo movimento. Por enquanto, meu círculo vai dizer o que eles podem. Eu apreciaria que nenhum de vocês partisse antes de eu ter falado com vocês." Ele trocou olhares com seus tenentes, que casualmente se espalharam pela sala, cobrindo um ou dois adultos cada. Harry pediu que eles ficassem, e seu círculo iria garantir que eles ficassem. Quando ele teve certeza de que tudo seria como ele instruiu, Harry se levantou, tomando cuidado para manter seu companheiro ainda trêmulo escondido sob suas asas e aparatou do firmemente protegido Grande Salão.

"Como diabos o menino fez isso...?" Um dos Aurores expressou o pensamento na mente de cada um dos não iniciados.

Com um sorriso de escárnio digno de Malfoy, Ginny falou. "Todos vocês esperam que ele derrote Voldemort, e ainda assim continuam subestimando-o. Eu sugiro fortemente que você pare de pensar em Harry como uma criança. Ele não tem sido uma há muito tempo, e ele não vai gostar de você tratá-lo como uma agora."

"Talvez você esteja certa, Srta. Weasley, talvez você esteja certa. Acho que devemos sentar e tomar uma boa xícara de chá e então vocês, filhos, podem voltar para seus quartos enquanto conversamos com o Sr. Lupin. Devemos planejar o que fazer agora, e como controlar isso antes que as pessoas percam a esperança." A nova diretora interina de Hogwarts falou suavemente com a jovem ruiva.