Capítulo 4.

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Sam estava sentado no refeitório da escola. Era uma sexta-feira e por mais que ele gostasse da presença de seus amigos, tudo o que mais queria era ir para casa. Talvez passar o fim de semana todo com Bucky em seus braços.

Por falar nele, ele estava agora passando por perto acompanhado de seu amigo Steve. Bucky o olhou e sorriu, Sam sorriu de volta e piscou fazendo o outro corar.

Sam sorriu com isso, adorando que mesmo após alguns dias juntos, Bucky ainda ficava vermelho por causa dele. O sorriso de Sam some quando ele vê seu amigo Joaquín rindo de si.

— Do que está rindo, idiota? — Sam perguntou jogando a maçã que segurava em Joaquín, que por ter bons reflexos conseguiu pegá-la antes de o atingir.

— Nada demais, só estou admirado que você finalmente teve seu coração fisgado. Precisou dormir com a escola quase toda, mas aconteceu, não sei se é surpreendente ou óbvio demais ter sido exatamente Bucky Barnes, o cara que você implicava, a te conquistar. — Joaquín diz e Sam suspira.

— Eu sei, às vezes parece que eu estou apenas sonhando com isso. Mas então ele me abraça ou me beija e o mundo parece que finalmente está no lugar certo. — Sam diz e Joaquín começa a rir novamente do olhar apaixonado de Sam. Este revira os olhos e resolve ignorar seu amigo. — O ponto é: eu só quero fazê-lo feliz. — Diz com um suspiro triste.

Joaquín para de rir e respira fundo sabendo que deve parar de zoar seu amigo e fazer seu papel que vez ou outra assume, de conselheiro.

— Para isso dar certo, você só precisa não o iludir como fez com os outros e outras. Apenas seja sincero. — Joaquim diz e Sam o encara.

— Eu nunca iludi ninguém. — Sam diz e Joaquín sabe que é verdade, ele conhecia seu amigo e sabia que Sam jamais brincaria com os sentimentos de alguém, não de propósito.

— Eu sei, mas quero dizer que ao contrário das vezes que você ficava com alguém e não dizia nada sobre os querer novamente ou não, desta você deve deixar claro o que quer. Quer algo sério com ele? Ótimo. Se não quer, pergunte o que Bucky quer, assim vocês decidem se continuam apenas se pegando ou se cada um segue para um lado. — Joaquín diz e Sam assente. — Vou para minha aula de espanhol. — Fala levantando.

Sam fica ali no refeitório mesmo, seu próximo horário era livre.

Ele aproveita para pensar no que Joaquín disse. Sam costumava ficar com várias pessoas, ele nunca dizia se queria algo sério ou não, achava que era óbvio. Muitas vezes as pessoas não queriam algo sério, eles ficavam outras vezes ou não e cada um seguia seu caminho. Mas vez ou outra alguém pensava que Sam estava aberto para um namoro e ficava exigindo algo que ele não poderia dar no momento, seus sentimentos.

Quando isso acontecia, Sam conversava com a pessoa e a deixava saber que não procurava por algo sério. Algumas entendiam, outras ficavam chateadas, mas eventualmente percebiam que Sam nunca deixou nada claro, elas que colocavam expectativas demais.

Pelo seu jeito carismático, boa reputação na cama e os esportes, Sam era bem popular. As pessoas continuavam querendo ficar com ele por seja lá o motivo que for, ele quase nunca estava sozinho.

Mas agora tinha Bucky, que além de ser um sexo incrível, fazia Sam rir mais do que qualquer outra pessoa. Além de ser muito bonito e inteligente, com uma resposta rápida para qualquer brincadeira que Sam fizesse. Mesmo depois de ficarem as implicâncias entre eles não pararam, agora eles faziam apenas porque era um hábito. Nos últimos dias elas terminavam com beijos ou na cama de Sam.

A questão era que Sam percebeu que gostava de Bucky, mais do que imaginava e mais do que já gostou de outro alguém. Isso o deixava com medo. E se Sam o magoasse? Sua irmã, que ainda nem sabia que eles tinham algo, o mataria.

Tentando não te amar. (SamBucky)Onde histórias criam vida. Descubra agora