Cafeína & Nicotina: O Café Da Máfia || Concluída (SakuHina)

Capítulo 1

O sol estava se pondo naquele dia, mais uma noite se iniciava e, mais uma vez naquele mês, haveria uma reunião no enorme e belo casarão de arquitetura antiga que ficava em Cárpatos, mais especificamente na Romênia Ocidental. Dentro da residência, na sala de reuniões do primeiro andar, ao lado do escritório de quem era dono daquilo tudo, homens bem vestidos estavam sentados ao redor de uma enorme mesa retangular, seus seguranças de costas para a parede, mantendo apenas um ao lado direito do corpo. O silêncio corria em cada canto daquele lugar que, ao menor som de alteração de respiração, poderia ser notado.

Ao longe, era possível ouvir o som de passos ecoarem pelos corredores elegantes de mármore, pedra e madeira de carvalho escuro. Os corpos dos homens que deveriam ter entre quarenta e quase setenta anos se puseram de pé e se viraram para a porta principal, não a que entraram, mas sim a porta que ficava ao lado da última cadeira vazia na ponta central da mesa. O líder entraria.

Os passos pararam na porta escura que foi aberta por um segurança moreno alto de cabelos curtos que utilizava uma máscara preta que cobria o nariz e a boca, com detalhes em ouro fundido com aço, moldado para se assemelhar os dentes de um dragão da cultura japonesa, moldes esses que iam até um pouco acima das orelhas; logo atrás dele, um outro rapaz de cabelos vermelhos alaranjados longos apareceu utilizando uma máscara semelhante, mas os detalhes eram em aço, ferro e prata pura, a diferença era que a do homem ruivo tinha uma lua minguante deitada na frente da dele, se assemelhando as presas de um javali, e que, nas orelhas, os adereços eram chamativos, como se fossem chamas que se estendiam por uns trinta a quarenta centímetros. Ambos trajados com ternos pretos, caminharam até a cadeira vazia, a afastando um pouco para que a pessoa que os comandava se sentasse.

- Obrigada por esperarem - a voz confiante da dita pessoa ressoou pela sala, ela adentrou com uma máscara que se assemelhava uma raposa que cobria seus olhos, mas havia uma cortina de pequenos cristais de obsidiana e diamantes em seu contorno no fim que cobria o resto de seu rosto. Atrás de si, vinha um terceiro segurança de cabelos escuros e longos, utilizando também uma máscara, mas essa era uma mandíbula de um tigre aberta na cor escarlate com os dentes afiados e o nariz feitos de ouro, o que contrastava bastante a pele clara e olhos escuros. Ali, um pouco atrás, um outro rapaz de cabelos bege e algumas mechas negras fechava a porta e, assim como os outros funcionários daquele que se sentava na cadeira que fora afastada, tinha uma máscara estilo demônio japonês que encobria todo o rosto, ele se manteve em postura na frente da porta dupla. Todos naquela sala usavam máscaras. - Vamos começar a reunião.

Os olhos cor de esmeralda impunham poder e exigiam ordem. Todos se sentaram e começaram a falar sobre o que tinha os juntado ali, naquela noite. O Demônio de Jade iria falar naquele silêncio mortal.

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Em Cambrigde, Boston - EUA, uma jovem morena ajudava a colega de trabalho a fecharem o café onde trabalhava depois da faculdade. Com o fim de semana chegando, os alunos do campus iam com mais frequência ao estabelecimento, fosse para estudar ou para pegar um café como uma forma de iniciar a manhã e, como estudante de arquitetura da Massachusetts Institute of Technology - a melhor universidade de arquitetura do mundo -, ela sabia melhor do que ninguém o quanto o fim de semana era importante, então todas as atividades e trabalhos tinham que ser feitos e entregues em pura perfeição aos professores para que pudessem descansar. Os professores não eram diferentes, tinham que corrigir e organizar as notas e cadernetas das determinadas aulas de determinadas turmas.

- Nossa, Hina... - a garota de cabelos loiros curtos, presos em quatro lugares distintos da cabeça suspirou cansada. - Obrigada por ter ficado pra me ajudar a fechar o café.

As duas puxaram o portão de ferro branco de barulho ensurdecedor que ficava enrolado no topo da parede, fechando os cadeados em seus devidos lugares quando os fechos atingiram o chão e se ajustaram nas trancas.