Capítulo 6

1.4K 129 52
                                    

- Não acho prudente deixar você sozinha agora, você não está se sentindo bem. - Yaman disse a Seher enquanto atravessava a porta e entrava na sala. Seher parecia apavorada enquanto o via passando ao seu lado. Yaman retirou seu casaco e sentou no sofá.

- Não se preocupe, eu vou embora assim que a sua amiga chegar, assim você não ficará sozinha. - Ele disse a ela. Seher fechou a porta atrás de si e com um sorriso sem graça disse:

- Não precisa, o remédio que você me deu já está fazendo efeito. - Ao dizer isso Yaman levantou do sofá e lhe disse:

- Você quase caiu da escada agora há pouco, você não parece estar bem. Eu já disse que quando a sua amiga chegar eu irei embora. Agora vá descansar um pouco. - Novamente ele voltou para o sofá, sentou-se e pegou seu celular.

- Err... tudo bem, fique aqui. Vou fazer um café para você e depois vou tomar um banho. - Imediatamente após ter dito isso, Yaman veio até ela e se ofereceu para fazer o café.

- Deixe que eu faço o café, assim você pode fazer suas coisas. Só me mostre onde fica a cozinha e o resto eu descubro sozinho. - Eles então caminharam até a pequena cozinha. Seher mostrou a ele onde estavam os utensílios necessários e o café é claro. Depois disso ela saiu e foi para o seu quarto.

Com as mãos encostadas no balcão da cozinha, Yaman fechou os olhos e respirou fundo. Em sua mente conseguiu visualizar perfeitamente os últimos dois dias. Aquele esbarrão na calçada, os cabelos esvoaçantes, o cheiro de baunilha vindo em sua direção e aaaaah os olhos, os lindos olhos verdes, brilhantes e cheios de inocência. Aquela linda menina chamou sua atenção naquele momento, mas e então eles apenas seguiram seus caminhos como os dois desconhecidos que eram. E surpreendentemente na última noite/madrugada eles se reencontraram e Yaman conheceu um lado dela que o tirou dos eixos. A dança sensual veio em sua mente, logo em seguida relembrou como ela o salvou daquela armadilha e depois corajosamente tomou sua pistola e atirou nos pneus do carro que os perseguiam. Ainda teve aquele momento na boate em que ele limpou os lábios dela... depois a viu dormindo como um anjo e agora... o jeito que ela se aproximou e ficou na ponta dos pés e o beijou, ele pôde ver suas bochechas corarem e um sorrisinho nos lábios dela, que logo em seguida entrou em casa e trancou a porta.

***

Yaman

Não sei como, mas um beijo na bochecha me fez sentir muitas coisas. Fiquei paralisado depois disso, e somente alguns segundos depois resolvi bater na porta. Mas o que dizer? Que desculpa eu poderia dar para que eu pudesse passar mais algum tempo com ela? Lembrei que ela não estava se sentindo bem antes de virmos para cá. Então é isso. E foi a desculpa que dei á ela. Ela parecia nervosa e tentou me fazer ir embora, sem sucesso é claro. Ficarei aqui até que Melek chegue, não a deixarei sozinha. Foi o que eu disse ela, ela concordou e acho que ela não deve lembrar que pela manhã conversamos sobre muitas coisas e uma delas foi que ela está passando suas férias aqui e está morando sozinha.

Ela foi tomar um banho e trocar de roupas, me ofereci para fazer um café para nós dois. Agora estou aqui pensando nos últimos acontecimentos. De primeira ela era apenas um garota incrivelmente linda e agora sinto que não é apenas atração física, meu corpo parece responder à ela. Aquele beijo na bochecha me fez sentir um friozinho na barriga. Quero conhecê-la melhor e isso me deixa num impasse, eu não sou assim. Não tenho interesse em conhecer melhor as mulheres com quem quero transar, só faço o que quero e as mando embora.

- O cheiro está ótimo. - Ela disse entrando na cozinha. Não sei como mas é a primeira na minha vida que eu acho extremamente atraente alguém - ela - usando um pijama folgado cor de rosa estampado com pequenos corações vermelhos e uma pantufa cor de rosa, além da toalha enrolada nos cabelos.

Sen VarsınOnde histórias criam vida. Descubra agora