Friendly Vampire [MinSung - Stray Kids]

I feel okay when I see you smile.

[P.O.V Autora]

Dois dias depois, a maioria dos amigos de Jisung e Minho já sabiam do relacionamento ainda não oficial deles. Para o Lee, fora muito fácil contar à seus pais sobre seu 'relacionamento', já que ambos já sabiam sobre a queda do filho pelo amigo de infância e aceitaram muito alegres, até exigindo um jantar com o amante do filho para conversarem como sogros. Para Han... A situação foi um pouco mais complicada.

Além de ter que falar de seus sentimentos sobre Minho, estava se assumindo para os pais. Desde o dia que tinha se descoberto gay, imaginava como contar para seus pais. Nunca tinha os visto sendo homofóbicos, porém nunca tinha os visto dar qualquer apoio à comunidade LGBT, então sua reação seria uma surpresa imprevisível. Na sexta, Jisung chegou da escola e se sentou na sala, chamando os pais, dizendo que era um assunto de extrema importância.

Han soltou tudo de uma vez, de como havia se descoberto gay e do porque não ter contado antes. Jisung abaixou a cabeça, esperando algum grito ou objeção, mas ganhou um abraço apertado dos pais. Jisung desabou em lágrimas ao que seus pais disseram que não viam problema nenhum, só não entendiam bem a comunidade LGBT, mas fariam esforços para entender para poder ajudar seu filho no que fosse. Depois de mais calmo, Han contou o que sentia sobre Minho e os pais não poderiam aceitar melhor. Conheciam o Lee quase como filho, então em quem mais confiar para cuidar e amar seu filho se não o amigo de longa data?

No dia seguinte, sábado, Jisung acordou radiante, não poderia estar mais feliz. Mandou uma mensagem para Minho, avisando que queria vê-lo assim que possível, porém este só visualizou e não respondeu. Aquilo chateou o Han, mas não se deixou abalar, Minho já tinha histórico de dormir com o celular ligado. Provavelmente o Lee ainda estava dormindo e sua conversa apenas estava aberta em seu celular.

Ao descer as escadas ainda de pijama e cabelo bagunçado, pouco se importando com a aparência já que seus pais já estavam no trabalho, Jisung deu de cara com o ser que tanto queria falar sentado em seu sofá.

─ Minho?! Como é que você entrou aqui?! ─ Han sorriu e abraçou o, por enquanto, amante. ─

─ Lembra da vez que você quase queimou a casa quando estava sozinho? Eu ainda tenho a cópia da chave que você me deu por precaução. ─ Mostrou a chave metálica em seu chaveiro. ─ Decidi fazer uma surpresa para você.

─ E que surpresa. Olha o meu estado, tô todo desarrumado.

─ Eu já vi você em estados piores. Exemplo, a vez que você caiu numa poça de lama. ─ Lee recebeu um soco de força moderada em seu peito. Tinham tantas lembranças constrangedoras e histórias malucas como aquela, poderiam escrever um livro. ─ Ai! Mesmo assim, você está lindo!

Jisung riu envergonhado ainda abraçado à Minho, olhando em seus olhos. Seu coração batia rápido novamente, na verdade, o de ambos, a ficha não tinha caído totalmente ainda. Não esperaram mais nada para selarem seus lábios calmamente, poderiam ter passado o dia anterior todinho juntos aos beijos e carinhos, mas ainda sim sentiam falta um do outro.

─ Isso é estranho. ─ Han comentou risonho assim que se separaram. ─

─ Porque estranho?

─ Nós somos amigos à tanto tempo e agora estamos nos beijando. É um estranho bom, mas é estranho.

─ Logo, não vai ser estranho, vou te fazer acostumar com isso rapidinho.

Minho pegou Jisung em seu colo e o beijou novamente, não estava brincando quando falou que faria ele se acostumar bem rápido. Han se surpreendeu tanto pela rapidez do Lee quanto pela força. O mais novo não era lá muito pesado, mas também não era leve como uma folha para Minho lhe pegar com tanta facilidade como havia feito.

─ Quero te levar para um lugar hoje, topa ir?

─ Topo ir à qualquer lugar com você, Min.

Continua...