Capítulo XXIII

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                                     Pepe González:

            Empurrei-a contra a parede e aprofundei o beijo, sentindo as suas mãos enterrarem no meu cabelo puxando-me para mais perto e sorri abandonando o seus lábios e trilhando os meus beijos pelo seu pescoço, ela cheirava a lavanda e eu adorava aquele cheiro era viciante e eu poderia passar o resto da minha vida apenas sentindo o cheiro que desprendia da sua pele. Movi as mãos lentamente para gravar cada canto daquele corpo cheio de curvas que eu iria apreciar aos poucos, Sabina era como a caixa de pandora, todos tinham medo de abri-la, mas, não conseguiam conter a tentação de espiar o que continha dentro e eu queria saber o que a minha esposa escondia por trás da armadura que ela usava diariamente e não estava preocupado com as consequências das minhas ações. Acaricie o seu seio por cima do tecido suave da sua camisola e aquilo foi um erro, pois, em um momento eu estava tendo um amasso gostoso com a minha esposa depois de um dia infernal e no outro ela tinha me empurrado para longe como se eu fosse uma doença contagiosa.

— NÃO. – Gritou ela assustada fechando o seu roupão com força e só então eu entendi a burrada que eu estava fazendo, eu não podia tratar Sabina como eu tratava as outras mulheres que tinham passado pela minha cama, minha esposa tinha traumas plausíveis e nós teríamos que ir a passos de bebê. — Não se aproxime de mim, fique longe de mim.

— Sou eu Sabina. – Sussurrei quando vi ela apertar os braços com força e um filete de sangue manchar o tecido rosado da sua camisola, não deixaria com que ela se mutilasse na minha frente por conta dos fantasmas do passado. — Seu marido, Pepe. Acalme-se banphrionsa, não queremos que se machuque, está em segurança, nada vai acontecer há você.

— Não se aproxime. – Rosnou Sabina debatendo-se nos meus braços quando eu a abracei para manter os seus braços abaixados, assim ela não teria como se machucar. — Fique longe de mim.

— Shiii. – Sussurrei no seu ouvido quando os soluços escaparam dos seus lábios e as lagrimas começaram a molhar a minha camisa. — Está tudo bem querida, não vai acontecer nada, você precisa apenas ficar calma.

            Acariciei os seus cabelos até que ela se acalmasse e só então a larguei sabendo que ela não iria mais se machucar. Afastei-me delicadamente e limpei o seu rosto enquanto ela ainda fungava.

— Desculpe-me. – Pediu ela envergonhada e eu não queria que ela se sentisse envergonhada na minha presença. — Eu sinto muito.

— Você não precisa se desculpar. – Falei segurando as suas mãos e fazendo com que ela me encarasse. — Eu sinto muito Sabina, não deveria ter respeitado o seu espaço e forcei uma situação a qual você não estava preparada mentalmente, não quero que você volte a se machucar por minha causa, por favor, não faça mais isso.

             Ela me abraçou pegando-me desprevenido, aquela tinha sido a primeira vez que Sabina me tocava de uma maneira afetuosa sem estarmos nas frente das câmeras ou na presença de alguém importante. Suspirei e acariciei os seus cabelos macios, eu adorava aqueles cabelos castanhos e lisos, acho que por ela ser tão diferente de Nádia que chamou a minha atenção, afinal ela não tinha nada a ver com a minha falecida esposa, Sabina era tímida, introvertida e extremamente delicada, ela se abria apenas quando realmente conhecia as pessoas e a sua beleza era tão aristocrática que ninguém cansaria de olhá-la. Nádia era uma mulher linda, seus cabelos eram loiros e os olhos azuis tão cristalinos, ela era alegre e espontânea, estava sempre disposta a fazer tudo para os outros e isso era lindo e foi um dos motivos que fizeram com que eu me apaixonasse por ela, mesmo que não fosse uma família importante e nem a noiva que os meus pais queriam para mim. Acho que as mulheres que estavam destinadas a mim não me eram as escolhas mais obvias, já que Nádia tinha sido a minha escolha e eu lutei pelo meu casamento e Sabina, mesmo com todos os benefícios que eu recebi dos Beauachamp, não seria qualquer pessoa que aceitaria se casar com uma traidora.

Eterna Prisão °Livro 4 mulheres da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora