6. Liana

181 36 2
                                    


– Eu sinto muito, por estragar as coisas – falo, tapando os seios com o braço direito enquanto a mão esquerda tenta levantar a alças do meu vestido amarelo. – Imagino que uma mulher madura não deveria agir assim como uma garota insegura, mas eu realmente nunca passei por isso é não sei como me portar ou agir.

– Toda situação é única quando as vivemos pela primeira vez.

– O que? – pergunto confusa, não com as palavras mas com o sentido da frase. – o que você quer dizer com isso?

– Você não tem que se desculpar ou ficar envergonhada, você não passou por isso antes então não tem parâmetros ou material para comparação.

– Material?

– É que eu me acostumei a liderar equipes – fala meio sem jeito e coça a cabeça na parte de baixo perto da nuca – mas isso pode ser um exemplo para nossa atual situação, eu também nunca tive que convencer uma mulher claramente interessada em dormir comigo a dormir comigo. – Ele gesticula entre nós dois e sorri para mim antes de passar o braços ao redor da minha cintura me puxando para ele – você foi casada por dez anos, e casou virgem e só transou com um homem até aqui, depois enfrentou um tratamento pesado e seu corpo mudou.

– Eu senti vergonha – confesso

Tem algo nesse homem, algo que me incentiva a querer abrir meu coração a ele, até as coisas que eu acho que deveria esconder. Uma mulher elegante, segura e sofisticada não confessaria assim a um homem bonito os seus maiores receios e medos, principalmente um pouco antes dele a deixar nua. Mas quer saber pode ser que seja exatamente isso que falte para que relações sejam melhores desenvolvidas. Uma boa conversa pode melhorar as coisas e é nisso que eu aposto nesse momento.

– Eu nunca quis sexo, era algo que nunca foi bom pra mim, eu só tinha que ficar lá parada enquanto ele, ele...– respiro fundo para continuar – para mim era só cumprir a minha obrigação como esposa é mais nada. Claro que eu sabia que aquilo não era normal, eu não sou estúpida, mas até se eu passasse a mão de uma maneira diferente seria motivo para ser chamada de vagabunda ou coisa pior.

– Eu sinto muito por você ter passado por isso, é difícil acreditar que ainda existam homens com uma mentalidade tão fechada – ele fala fazendo um carinho na linha do meu rosto com seu polegar.

– Depois que ele se foi eu estava ocupada demais com a minha saúde para pensar na minha libido ou na minha sexualidade. Mas desde que conheci você alguma coisa mudou aqui dentro de mim, sinto meu ventre se virar quando você esta perto e pela primeira vez na minha vida eu realmente quero fazer sexo por mim, pelo meu prazer.

– Então vamos a isso – faço menção de falar alguma coisa mas ele me interrompeu dando um beijo quente em meus lábios que teve o poder de me fazer esquecer totalmente minha linha de raciocínio. – Eu também sou um homem diferente do que eu era nos meus vinte e pouco, envelhecemos, mudamos. Nosso corpo, nossa pele, foram feitos para serem mutáveis. Confia em mim vai dar certo.

– Você sempre fala essas coisas bonitas ou isso é reservado apenas às mulheres que você quer levar para a cama.

– Meio que as duas coisas. – É impossível não rir junto com ele, mas logo meu sorriso morre quando ele aperta a minha bunda com força e sua boca faz caminho até o meu pescoço.

Eu me entrego, deixo de lado todos os meus temores e receios e resolvo simplesmente aproveitar o momento e me deixar viver algo que eu realmente quero. Eu nem sei como chegamos a minha cama, fiquei tão rendida no beijo que trocamos que me desliguei de todo o resto.

Ele se abaixa um pouco e passa o braços embaixo dos meus joelho e logo me coloca sobre o macio colchão. Arlindo desce as alças do meu vestido e então começa a retirar a peça de roupa descendo lentamente pelo meu corpo, quando chega a região do quadril eu firmo o pés sobre a cama para dar impulso e liberar a passagem e assim logo estou apenas de lingerie na frente dele.

Arlindo me olha com desejo estampado em seus olhos isso faz um sorriso sapeca brotar em meus lábios , ele me deseja e parece nem repara na grande cicatriz horizontal um pouco acima da minha virilha e tão pouco na cicatriz lateral de quando no meio do tratamento eu tive uma crise e tive que retirar o apêndice inflamado. Reparo curiosa quando o lindo homem a minha frente começa a desabotoar os botões de sua camisa branca, eu queria estar fazendo isso no lugar dele, mas tenho que admitir que é bem mais erótico vê-lo realizando os movimentos com suas mãos tão seguras; quando ele termina se ajoelha no colchão e então suas mãos voltam para o meu corpo.

Sinto um calor gostoso quando aperta minha panturrilha e ao mesmo tempo sua boca vai para a mesma região só que na perna oposta e assim ele começa um jogo de provocações até que sua mão e boca estão quase alcançando o meio das minha perna onde estou tão necessitada de um toque.

Levanto meu corpo com ajuda do cotovelo bem a tempo de ver ele passando o nariz na minha calcinha de cor preta e uma visão bastante erótica e sem eu mesma perceber um gemido baixo escapa dos meus lábios.

– Quero provar você – a voz dele parece mais rouca me dando a certeza que está tão entregue ao momento quanto eu.

– Eu quero que você me prove – falo com ousadia e ele abre um sorriso cafajeste em minha direção antes de puxar minha calcinha para o lado e explorar minha região íntima com os dedos.

Quando o primeiro contato de seus lábios se faz presente na minha vagina é como se uma corrente de eletricidade percorresse o meu corpo, eu nunca senti nada como isso, eu nunca experimentei algo assim.

Mordo a lateral do meu dedo polegar para tentar conter e não parecer tão escandalosa, pois minha vontade é gritar. De repente eu sou invadida por um do dedo dele e meu corpo se retrai pela intensidade da sensação, eu tento fechar a perna quando tudo se torna demais para mim. Porém Arlindo não permite que eu faça, a grande mão dele segura minha coxa empurrando para o lado me deixando aberta e exposta a vontade dele.

Uma tensão e forma na região do meu baixo ventre,como se algo dentro de mim quisesse sair para fora, movimento minha cabeça de um lado para outro tentando controlar as reações do meu corpo, mas é impossível me conter por muito tempo quando a língua de Arlindo faz pressão sobre meu clítoris isso tem o total poder de me fazer quebrar em mil pedaços de prazer.

.

.

.

.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
NOSSO RECOMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora