Playing with fire

Capítulo XXVIII

Sábado

03:37

Pov' Eva

- Christoffer se você não melhorar esta cara eu nem desço da merda deste carro entendeu? Vou embora daqui da porta mesmo, nem entro... _ Falo estressada, praticamente gritando, quando ele para a Ferrari em frente à casa dele.

O bonito ficou bolado lá na festa só porque eu fiquei conversando com o Jacob e o Roger. Mas foi porque ele não estava me dando nenhuma atenção, se enfiou no grupo de umas 5 loiras assim que chegamos, se achando o bam bam bam, no mínimo pensou que eu ia ficar na cola dele, otário! Não dei nem ideia, fui curtir a festa e conversar com os meninos, e nem foi nas segundas intenções, porque os meninos estão pegando minhas amigas. Aí o marfiosão ficou morrendo de ciúmes e me chamou pra vir embora, puto de raiva!

- Eu tô normal Mohn... _ Ele me respondeu com o tom de voz ríspido, sem olhar pra mim.

- Quer saber... Vai se fuder Schistad! _ Falei pegando a minha mochila e saindo do carro mais rápida do que o Flesch. Ele tentou segurar o meu braço para que eu não saísse, mas eu puxei o mesmo bruscamente e saí, batendo a porta.

Vou caminhando até o portão, já com o celular em mãos pra pedir um Uber. Escuto ele gritar meu nome, mas finjo que não estou ouvindo. Até que sinto o meu braço ser puxado:

- Eva, Para de graça! _ Ele diz ainda me segurando, olhando nos meus olhos. Sua expressão ainda é de raiva.

- Para de graça o caralho... Você é muito engraçado né Chris? Tá aí todo nervosinho, morrendo de ciúmes só porque eu estava na festa conversando com os meninos. Mas isto aconteceu porque mais uma vez foi um cuzão comigo. Me largou lá na festa assim que chegamos, e ficou se achando lá no meio daquele grupinho de puta que estava te babando. Você achou o que? Que eu ia te cobrar, ficar no seu pé? Eu não meu filho! Não preciso disto. Fique sabendo você que comigo é tomou, levou! Gosto de pagar na mesma moeda, ou até mais caro. Nunca vai me ver rastejando aos seus pés, nem hoje, e nem nunca, entendeu? _ Digo expressando toda a minha raiva. Ele solta o meu braço, passa as mãos no rosto e suspira profundo, e como ele não diz nenhuma palavra, eu me viro e começo a caminhar novamente em direção ao portão, onde tem 4 seguranças de preto armados.

- Ruivinha... Espera! Tá bom, me desculpa tá? A culpa dessa palhaçada toda é minha. Não vai embora? Fica aqui comigo? _ Fala me segundando pela cintura. Sua expressão suavizou.

- Melhor não Chris... Não tem mais clima! É melhor eu ir pra casa mesmo e agente se fala depois. _ Falo desviando o olhar do dele, que agora me encara com cara de cachorro pidão. Mereço viu!

- Não Ev'... Porra! Eu prometo que vou melhorar o clima, por favor, me desculpa, fica? _ Implora, passando a mão no meu rosto, dando vários beijos. Eu respiro fundo, na tentativa de expulsar a raiva que estou sentindo, antes que eu dê um socão no narizinho empinado dele.

- Você é um filho de puta mesmo né Christoffer? Só vou ficar porque tô muito cansada, e achar um Uber esta hora ia demorar! _ Falo empurrando ele, e indo em direção a porta, emburrada ainda.

- Tá bom! Pode deixar que eu vou te relaxar tá? E além do mais, meus seguranças não iam dar passagem no portão pra você sair! _ Ele fala rindo divertido, andando ao meu lado, pegando as chaves para abrir a porta. Eu apenas ergo as sobrancelhas, com expressão de deboche o respondo:

- Como se eles fossem me impedir de sair né? Coitados! Hahahaha... _ Falo, sendo bem sarcástica, soltando uma gargalhada. Ele fecha o sorriso, abre a porta e me dá passagem.