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GI-HUN E LILIANE CONVERSAM
──────────기훈과 릴리안의 대화
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GI-HUN ESTAVA SENTADO em transe, lembrando quando trabalhava e houve a greve em sua empresa, o seu amigo fora morto a sua frente, ele perdeu o parto de sua filha, e desde então, só decadência em sua vida.
Parecia que estava vivendo aquilo de novo, mas de mal a pior.
— Gi-hun. — o chamaram.
Ele estava tão longe dali, sua mente estava tão vaga, que não escutou o chamarem, até colocaram a mão no ombro dele.
O Seong se assustou quando uma mão tocou seu ombro, ele virou-se para trás assustado.
— Sou eu, calma. — massageou o ombro dele.
— Ah, Liliane... — ele suspirou aliviado. — Estou feliz que seja você.
— Cara, isso é que é elogio. — sorriu sentando ao lado do sul-coreano.
Gi-hun riu fraco.
— Não consegue dormir? — perguntou o do bairro de Ssangmun.
— Não... por que toda vez que fecho os olhos, tenho a sensação que vão me matar. Seja de pancadas, de tiros, de facadas... — apoiou os braços nas pernas. — Então, enquanto eu puder ficar acordada, eu ficarei.
— Esse é o mesmo motivo pelo qual também ainda estou acordado. — seus olhos se tornaram pensativos.
— Os demônios que rodeiam sua mente. — a McGowan disse.
— Sim... você também os tem?
— Não queria. Mas estão aqui... — olhou para o lado. — Presa em um lugar que nunca saberei o motivo a não ser, "ser especial para alguém", e aceitar isso, até que eu morra.
— Pelo menos saberá que a culpa não é sua. — Gi-hun respondeu. — Mas você irá sobreviver.
— Eu sobreviver significa que todos irão morrer, eu prefiro que isso não aconteça, não mereço tamanha honra.
— Por que não? — indagou o Seong. — Na verdade, ninguém aqui merece. Então só no resta lutar, como estamos fazendo hoje.
Liliane encarou profundamente Gi-hun que se virou e a olhou.
— Por que 'cê tá aqui?
Gi-hun olhou para frente.
— Eu só queria ter a minha filha de volta, e me meti em apostas. — respondeu. — E agora, a possibilidade de vê-la é de 1 em...
Suspirou.
— Eu nunca fui um bom pai, sabe? Eu sempre quis ser, mas na verdade, só decepcionava minha filha. Então, acredito que agora ela está com o padrasto dela que é um exemplo de pai, trabalhador, que dará a educação que ela merece. — desabafou. — Eles irão para Nova York ano que vem, e eu nunca mais irei vê-la.
— Qual o nome da sua filha? — perguntou ela.
— Ga-yeoung.
— Escute, Gi-hun. A Ga-yeoung pode ter um padrasto incrível, que dá pra ela o que ela quiser, educação, tudo. Mas ela sabe quem realmente é o pai dela, ela vê o quanto você deve ter se esforçado para estar com ela. Se você deu o amor, nunca a desprezou, ela te ama e jamais se esquecerá de você. — aconselhou.
Gi-hun escutava tudo, e abria a sua mente mais do que nunca.
— Tem crianças que apesar do pai ser um acabado, não consegue nem se manter, ele continua dando o amor, o carinho de um pai, o conselho de um pai que eu tenho certeza que se ela pedisse a você, com certeza você aconselharia. Aconselharia ou não?!
— Sim, claro. — concordou assustado com o tom bravo da outra.
— Os bens pessoais são detalhes não menos importantes, mas as vezes, se tornam inválidos quando não se tem o amor do seu pai presente. — disse Liliane.
— Ele dá amor para ela.
— Mas não é o pai dela. — retrucou firme. Você é o pai da Ga-yeoung. E ninguém pode mudar isso.
Liliane tocou o ombro de Gi-hun.
— Então se você é o pai da Ga-yeoung. Quando sair daqui, aja como o pai que o padastro dela não vai ser. Ele pode ser o padrasto, mas não é o Gi-hun. — sorriu Liliane. — Estamos entendidos?
— Entendidos, Capitã. — bateu continência.
Ambos gargalharam.
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𝐓𝐇𝐄 𝟏𝟎𝟔, squid game
Hayran KurguLiliane McGowan jamais esperaria que a sua terra natal brasileira da qual o local que deixou, fosse o local que ela mais almejaria voltar. Mudou-se para a Coreia do Sul na esperança de mudar a sua vida e proporcionar uma estrutura melhor para a sua...