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-𝗔 𝗙𝗨𝗚𝗔

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-𝗔 𝗙𝗨𝗚𝗔

𝗘𝗟𝗔 nunca desejou a vida que tem.
Não façam dela ingrata ou mal agradecida, entendam o seu lado!

Charlotte nasceu numa familia de extrema importância o que, por parte, era algo péssimo. Todos os seus passos, falas, ações e escolhas eram comandados por sua familia. Ela sentia que não passava de uma personagem, que seus pais haviam andado a criar de alguns anos para cá.

No fundo, a vida dela não passava duma peça de teatro com um roteiro detalhado e rígido, que ela era obrigada a seguir à risca.

A vida de Charlotte nunca foi algo muito interessante, pois a rotina que era obrigada a seguir era monótona e perfecionista.

Mas como qualquer ser humano, Charlotte era imperfeita e cometia muitos erros que quebravam a perfeição do seu dia a dia o que rendia em vários castigos e punições, que poderiam chegar a níveis extremos.

A verdade é que não importava quantas lágrimas ela derrama-se, não tinham um pingo de dó ou compreensão.

Com o tempo a pequena garota se rendeu ao destino que os pais reservavam para ela. Como uma forma desesperada de encontrar conforto em algum lugar, Charlotte começou a escrever, criando um mundo paralelo nas folhas amareladas que escondia no fundo da sua gaveta de roupa interior.

Mas tudo aquilo era temporário, ela não poderia se contentar com uma vida assim.

Muitas vezes parava para pensar qual a razão da sua existência. Servirei eu para alguma coisa? Fazer as pessoas felizes, talvez. Pensava para si. Quando paramos para pensar mais detalhadamente sobre a vida vemos que tudo não passa de uma viajem de trem com várias paragens, uns ficam nos melhores assentos e outros nos piores. Independentemente do seu lugar você vai acabar por sair dele então para quê gastar a nossa vida em busca de um lugar bom? E aí eu te respondo: para ficarmos confortáveis. Todos nós queremos ficar confortáveis e estáveis. E Charlotte estava claramente num dos piores lugares, mas estava determinada a mudar isso.

Nessa altura Lottie - como era tratada - era apenas uma adolescente, com 15 anos e uma forte personalidade, que estava prestes a ser quebrada.

Assim que sua ama de companhia finalmente adormeceu, graças às ervas especiais que Lottie fez o favor de adicionar ao chá, a mesma fugiu, correndo desesperadamente como se aquilo depende-se da vida dela. De certa forma, dependia.

Depois de algum tempo correndo loucamente pelas árvores da floresta, com a respiração descontrolada saindo pelos seus lábios vermelhos, Lottie tropeça numa pedra caindo no chão com alguma violência, acabando por raspar o joelho direito no processo.

Atrás de uma das árvores, uma garota morena de cabelos encaracolados e roupa masculina, observava a cena. A pequena princesa se senta nas folhas que ocupavam todo o chão, sentindo as batidas do seu coração cada vez mais velozes.

Os seus olhos doíam, e ela se continha para não começar a chorar. Ela era corajosa, ela iria conseguir!

--Quem é você?-- A morena sai de trás das árvores

--Por favor, não me magoe...-- ela estava cansada, magoada e dorida, não tinha coragem nem forças para sequer se levantar, e isso estava nitido na voz fraca da mesma

--O que é você?-- Holmes fala sem piedade da pequena garota jogada no chão

-E-eu sou a Cha... Lottie. Eu sou a Lottie-- falar o seu nome real nesse momento parecia ser uma atitude ridícula e pouco inteligente, então optou por manter essa informação em sigilo-- E você?-- Charlotte se esforça para ficar calma e regular a respiração.

--Não importa!-- fala fria-- O que faz aqui? O que quer de mim? Te mandam me seguir? Trabalha para Sherlock?

--Não, nada disso, eu prometo! Porque eu te seguiria? Nem sei quem é você! Quem é Sherlock?-- fala um pouco desesperada, eram muitas informações para si.

Então Enola se aproxima da mais nova e na mesma hora Lottie tapa o rosto, com medo do que poderia acontecer

--Se você não me fizer mal, também não lhe farei mal-- Enola se agacha e estende uma mão para Lottie, que demora um pouco a aceitar a ajuda

A princesa se levanta com a ajuda de Enola, e tenta arrumar o cabelo e as roupas, que haviam de amassado com a queda.
Enola tira uma folha dos cabelos da mais baixa, e em seguida joga a mesma no chão.

--Porque estava correndo?-- Enola pregunta curiosa

--E-eu...-- a sua mente não conseguiu formar uma mentira convincente-- Eu estou fugindo da minha familia!-- fala

--Eu também!-- a morena fala e na hora se lembra do horário e do comboio-- Não posso me atrasar!

--Não se preocupe comigo, eu me viro. Obrigada pela ajuda... hm...-- Lottie se embrulha nas palavras

--Não te deixarei aqui!-- Enola por momentos se esqueceu de tudo o que sua mãe alguma vez a ensinou-- Estamos fugindo pela mesma causa, e... uma mão a mais poderá ser útil-- Lottie sorri

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Olá amores!
Este é o primeiro capitulo
é algo bem curto, mas eu
prometo que os próximos
serão maiores!

𝔸 𝐏ℝ𝐈ℕ𝐂𝔼𝐒𝔸 𝐏𝔼𝐑𝔻𝐈𝔻𝐀|ᵉⁿᵒˡᵃ ʰᵒˡᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora