Capitulo 006

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POV: Geralt

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POV: Geralt

Não sei o que me deu para permitir que aquela garota me beija-se. Eu queria, mas não pretendia fazer isso ou muito menos deixar que ela aprofundasse tanto. Contudo, seu beijo era forte, senti o gosto de sangue em sua boca e a escuridão me atingiu.

Há algo errado com ela, mas puta merda, eu a desejei como nunca desejei uma mulher.

Eu nem sei seu nome ainda.

— Espere ai, como é seu nome? — A chamo. A garota me olha por cima do ombro.

— Evelynn, mas pode me chamar de Eve. — Ela sorri levemente corada.

— Certo. — Pigarreio. — Sobre o que aconteceu há algumas horas...

— Foi errado... — Ela encolheu os ombros, mas não parecia arrependida. Nem eu.

— Não vai se repetir. — Passo por ela. Paro somente quando estou do lado de fora.

Evelynn para ao meu lado, farejando algo no ar. É como um animal selvagem. Como algo sobrenatural. Me viro para ela, estudando-a.

— Algo errado? — Pergunto. Ela me encara, surpresa. Parece ter esquecido minha presença aqui.

— Bem, por onde começa? — Seu semblante muda. Ela é sarcástica. — Perdi minha família para algo demoníaco e vivo em um bordeu. Não estou tendo muita sorte.

Não sei o que dizer, assim como não posso adota-la. Evelynn é jovem, mas ainda mais velha que Ciri. Me contenho em chegar mais perto, sinto que posso perde o controle novamente.

— Posso leva-la a outra cidade. — Digo.

— Ah, mas não tenho dinheiro para sobreviver, e sabe qual o destino de garotas como eu. — Ela pisca de modo inocente. Sei que disso ela não tem nada.

Evelynn carrega algo em seu peito. Embora tenha a aparência angelical, sua energia é igual ao demônio. Ela não é humana e talvez saiba o que de fato tem acontecido a essa cidade.

— Eu disse que irei ajuda você, mas preciso saber de algo antes. — Dou um passo cauteloso. Ela ergueu uma sobrancelha. Percebo que olhos claros ficam amarelos rapidamente, mas logo tornam uma cor mais ambar.

— Sim?

— O que você é? — Pergunto.

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POV: EVELYNN

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POV: EVELYNN

Aquilo me pegou desprevenida. Eu não tenho como fugir da pergunta. Acho que é cedo demais para dizer o que sou de verdade: Um súcubo sanguinário, forjada durante a guerra e a dor. Uma vampira que adora brincar com suas vitimas. Sem piedade. Sem coração.

— Eu sou o que você quiser que eu seja. — Atrevo a dizer. Geralt franzi o cenho e eu sorriu. 

— Você viu algo quando me beijou, eu senti.

— Você esconde muita escuridão, sou sensível, mas não chego a ser uma feiticeira. — Falo ao dar de ombros. — Eu sei que posso parecer diferente. Sou complicada para me entender.

Geralt não parece cair no meu truque. Meu estômago protesta por comida.

Qual será o sabor do homem a minha frente?

Balanço a cabeça em negação, afastando esses pensamentos, hoje irei me alimentar do primeiro cidadão que cruzar meu caminho.

— Se desconfia de quem eu sou, então irei embora. — Digo ao dar passos para trás.

— Não vou permitir que saia sem dizer quem de fato é!

— Lamento, bruxo, eu não obedeço homens.

Corro floresta adentro. Ouço os passos pesados de Geralt atrás de mim, mas me desfaço como poeira. Sei que a próxima vez que o vir, não terei como fugir.

Geralt, você é o próximo da minha lista.

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Continua...

THE DEVIL | Evelynn e Geralt de RíviaOnde histórias criam vida. Descubra agora