chapter 6

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No dia da festa...

Saí andando em passos pesados e um pouco desengonçados. Avistei Karina parada no mesmo lugar de antes, parecendo não saber o que fazer. Olhei para o rosto dela, assustado e perdido, e senti vontade de abraçá-la, mas apenas mostrei um sorriso fraco e saí da casa. Joguei o copo de plástico em qualquer lugar do quintal, que estava repleto de gente bebendo e se beijando, e fui em direção ao meu carro. Eu queria esvaziar minha mente um pouco; havia recebido muita informação.

Entrei no veículo, respirei fundo e dei a partida, torcendo para que não houvesse mais policiais nas ruas a esa hora. Eu não estava totalmente sóbrio, mas ainda conseguia dirigir devagar até meu apartamento, que não ficava muito longe dali. Nunca levei Jennie lá, apenas Karina. Não é como se eu gostasse mais dela do que da minha Kim, ou melhor, Jennie. Eu quase amei a Jen, quase. Mas ela não demonstrava tanto interesse em mim desde que começamos a namorar. Era estranho; nunca consegui entender completamente os sentimentos dela por mim, e sempre que eu tocava no assunto, ela fugia completamente. Quase nunca tínhamos relações, não que isso fosse um grande problema, mas quando acontecia, parecia que ela estava apenas cumprindo uma obrigação, sem sentimento em seus toques, como se estivesse atuando em um filme. Então busquei os sentimentos em Karina, que sempre dava em cima de mim, e isso já faz seis meses. Eu sei, fui um babaca por não ter simplesmente dito essas coisas para Jennie e ter terminado com ela de uma vez, mas eu tinha medo de perdê-la. Surpreendentemente, depois que comecei a traí-la, senti que ela estava mais próxima, talvez tenha desenvolvido um pouquinho de sentimento por mim, mas já era tarde demais; eu não conseguia voltar atrás.

Depois de hoje, tudo ficou claro de forma brutal. Jennie parecia um poço de ódio e disse palavras que me atingiram como facas no peito, sem piedade alguma. Eu estava quase decidido a acabar com tudo com Karina, porque não gostava dela, só do que ela me dava. Me senti um completo idiota ao ouvir que Jennie não sentia nada por mim, e eu era apenas mais um sendo usado para realizar seus planos. Pensei muitas vezes que ela poderia ter dito isso no calor do momento, por raiva. Mas quem diria uma coisa dessas assim?

Me joguei na cama, sentindo um pouco de tontura pela mistura de bebidas que inventei na festa. Eu já não gostava mais de Jennie, nem um pouco, mas não conseguia odiá-la. Sei que nada justifica o que ela fez, me enganou e achou que eu também concordava com isso, mas eu errei feio também. Fiz algo que nunca imaginei que faria e ousei enganá-la, o que é quase impossível, já que ela é ótima nisso.

Peguei meu celular, que já estava descarregando, e entrei no contato de Jennie, salvo como "minha pequena Kim". Escrevi uma mensagem com toda a raiva que estava sentindo, mas seria em vão; ela já tinha me bloqueado em todas as redes sociais.

De repente, senti uma dor de cabeça muito forte e ouvi alguém me chamando. Olhei para o lado e vi uma silhueta feminina em pé ao lado da cama, mas não conseguia distinguir quem era por minha visão estar um pouco embaçada.

- Acordou? - a pessoa se moveu para mais perto de mim, mas ainda não consegui saber exatamente quem era.

- Jen? - disse o primeiro nome que me veio à cabeça, mas logo me dei conta da estupidez que estava dizendo. Jennie nunca viria aqui por incontáveis motivos.

A garota bufou e sentou ao meu lado; percebi que era Karina, só poderia ser ela mesmo.

- Ah, Yoongi, fala sério. Achei que já tinha esquecido 'essazinha - disse Karina, revirando os olhos.

Eu não respondi. A falta de energia me impedia de lidar com as baboseiras dela naquele momento.

Karina continuou, apontando para o criado-mudo: - Olha, tem remédio para dor de cabeça e um copo d'água aqui. Vou fazer uma sopa que comprei na loja de conveniência; dizem que melhora a ressaca. - Ela saiu do quarto, deixando-me sozinho.

Não era segredo que eu não gostava muito de Karina, mas, estranhamente, eram essas pequenas atitudes dela que me faziam falta na minha relação com Jennie.

Tomei o remédio e me levantei devagar, parecendo um mendigo bêbado, em direção ao banheiro para tomar banho. Quando saí, ainda secando o cabelo, vi Karina entrando no quarto com um prato de sopa.

- Que bom, senta aí e coloca um travesseiro no colo. - ela disse. Observei enquanto ela colocava a sopa no travesseiro. - Come tudo, mas devagar, tá quente.

- Obrigado - respondi simplesmente. Karina sorriu e acariciou meu cabelo.

- Vou embora agora, mas se precisar de alguma coisa, me manda mensagem, tá bom? - Assenti, e ela me deu um beijo na testa. - Tchau.

Era engraçado como isso tinha se tornado uma espécie de rotina. Sempre que eu bebia demais, Karina aparecia no dia seguinte para me ajudar com a ressaca. Eu me sentia um pouco culpado por não sentir nada por ela, mas felizmente ela compreendia. Não sei se acreditava totalmente nisso, mas, afinal, eu já tinha sido sincero com Karina, e ela aceitou a situação. Por que não?

Provavelmente, Jennie faria de tudo para se vingar de mim. Embora nosso relacionamento não tivesse sido tão profundo quanto eu gostaria, eu conhecia alguns dos hábitos dela que outras pessoas desconheciam. Em dois anos de namoro, ela se abriu um pouco para mim sem perceber. Um desses hábitos, e um dos piores, era a vingança. Se alguém atrapalhasse os planos dela, essa pessoa enfrentaria uma humilhação pública. Para Jennie, o espetáculo era o mais importante; todos precisavam ver com quem não se devia mexer. Ela sempre se considerava certa, e seu orgulho estava acima de tudo.

Contínua...

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