11- Retorno

824 90 29
                                    

Só uma nota, agora quando o nosso Midoriya não reconhecer quem está falando, vai ficar só um tracinho e não os pontos de interrogação, e as vezes eu vou colocar números para não ficar confuso.

Midoriya POV

Abro meus olhos e sinto uma dor de cabeça lancinante, onde estou? Tento me levantar, mas sou abatido por uma tontura repentina e volto para a cama, ok, cama, então pelo menos não vou ser torturado de novo, fecho os olhos para tentar diminuir a tontura.

- Ele acordou, chame os outros,

Ouço uma movimentação no quarto em que estou, provavelmente por conta da ordem daquela voz. A última coisa que eu lembro foi estar naquele prédio para capturar o alvo com os outros, estávamos indo pular no portal e... Merda, eles apagaram a minha memória? Ou só bateram na minha cabeça bem forte? Ouço a porta se abrindo, o som de passos e depois o de uma porta se fechando, continuo imóvel.

- Ei, Midoriya? Você está acordado? Eu acho que ele não acordou ainda gente, nem está se mexendo.

- Será que ele morreu?

- Não me diga que você explodiu a cara dele.

- EU NÃO FIZ NADA, O CARA QUE ME ESFAQUEOU NA VERDADE.

- Hey bro, eu acredito em você.

- Só fala isso porque dá para ver pelo monitor que o coração dele ainda está batendo.

- Ok, agora fiquem quietos, Midoriya, eu sei que você está ouvindo, pare de fingir.

Solto um suspiro abro os olhos e me viro para olhar aquelas pessoas da minha antiga vida. Bakugou, Mina, Kirishima, Kaminari e o Sero estão me encarando.

Midoriya: - Eai.

Aizawa: - Não me vem com um "eai", tem noção do que você fez nas últimas semanas?! Se juntar aos vilões! Francamente! Se sua mãe estive-

Midoriya: - Mas ela não está, minha mão está morta.

Mina: - Ei, você não quer realmente dizer isso.

Midoriya: - Sim eu quero.

Aizawa: - Todos perdem entes queridos uma hora, isso não dá justificativa para sair matando todo mundo como bem querer e se juntar aos vilões.

Midoriya: - Mas nem todos são torturados por aqueles que mais confiava. - Vejo um lapso de dor nos olhos do Aizawa. - Eu confiava em vocês, acreditava que não iam deixar me fazer mal, afinal, são heróis, mas vocês me abandonaram, me deixaram nas mãos daquela sádica da Mamoto.

Bakugou: - Espera, do que ele está falando? Ei, Aizawa o que você não nos contou?

Deixo escapar uma risada.

Midoriya: - Hilário, vocês nem são sinceros com seus próprios aliados, a liga dos vilões pode não ser cheia de santos, mas pelo menos eles nunca mentiram para mim.

Kaminari: - Está tudo bem com você Midoriya? Você está diferente...

Reviro meus olhos.

Midoriya: - Alguns dizem que é o trauma pelo que passei, já outros dizem que foi a droga que ingeri, nunca saberemos, talvez tenha sido os dois, mas acho bom vocês aceitarem que o Midoriya que vocês conheciam não está mais aqui. Agora se vocês me derem licença, vou sair daqui.

Sento na cama e me impulsiono para ficar de pé, mas não só sinto uma algema prendendo o meu pulso na grade da cama como também sou arrebatado por uma tontura enorme quase me fazendo vomitar. Dou um olhar fulminante para o Aizawa.

Ele voltou, mas não inteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora