20 - Opções

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Midoriya POV

Acordo e me vejo em uma cela, correntes em meus tornozelos que me prendem às paredes e algemas inibidoras de poderes em meus pulsos. Um gotejar ecoa pelo cômodo junto com as lamentações de outros prisioneiros, mas uma cama decadente em um cômodo apertado é tudo o que consigo ver. Não sei onde estou, mas com certeza não é na U.A, isso não me parece uma cadeia normal. Passos se aproximam e me deparo com um guarda abrindo a porta da minha cela.

- Ele quer te ver.

Midoriya: - Quem?

- Você vai descobrir.

Ele entra na cela e me arrasta para fora, o que eu só me dá uma oportunidade de ver os meus companheiros na prisão. Almas desoladas, pálidos, jogados no chão, alguns escorados nas grades e pedindo ajuda, o que é isso? Seguimos por vários corredores até chegar a uma sala que aparenta ser a do diretor dessa prisão. No centro, um homem está sentado em uma cadeira suntuosa atrás de uma mesa cheia de papéis e pastas, não me surpreenderia se fossem os meus arquivos. Seu olhar me analisa e vejo um sorriso aparecer em seus lábios.

- Izuku Midoriya, ou melhor, Green Storm, espero que já tenha percebido onde está, mas agora eu te chamei para ter uma conversa que imagino que é de interesse para nós dois. - Ele olha para o guarda e o dispensa com um movimento de mão. - Por que não se senta?

Midoriya: - Consegui perceber que estou em uma prisão, só não sei onde ou qual.

- Não vamos nos prender a essas coisas fúteis, não quer saber o motivo de eu te chamar antes?

Midoriya: - Sinto que você só quer que eu mate alguém e em troca, meu corpo vai ser achado em um beco qualquer para garantir que eu não vaze o segredo.

- Muito pelo contrário, quero fazer um acordo com você, mas sua sobrevivência será de suma importância. Percebo a sua... Relutância em confiar em mim, mas sei que mais cedo ou mais tarde irá me procurar para concordar em trabalhar comigo.

Midoriya: - Não vai me falar o que eu vou ter que fazer?

- Infelizmente é importante demais para simplesmente te contar sem a absoluta certeza de que vai concordar em me ajudar.

Midoriya: - Então eu nunca vou aceitar.

- Não acho que você terá alternativas muito melhores.

Midoriya: - Era isso então? Me convidar para trabalhar com alguém que eu não conheço, para fazer algo que eu não sei.

- Basicamente, agora você pode voltar para a sua cela, aparentemente sua sentença é de algumas décadas.

Midoriya: - Eu sou de menor, não deveria estar em um centro juvenil ou algo do tipo?

- Infelizmente seu crime é grande demais para deixar assim. Na verdade, a população inteira queria que te executasse em praça pública! Pode acreditar nisso? Parece que estamos voltando à era medieval.

Midoriya: - Eles não podem sentir tanta falta da Mamoto, ou dos heróis de bosta que eu matei.

Ele dá um sorriso condescendente que só me deixa mais irritado.

- A querido, não é disso que eles estão com raiva, e sim por você ter matado o All Might.

Midoriya: - Isso é um absurdo, não matei ele, ele nem está morto.

- Não é isso o que os noticiários estão falando.

Autora POV

Na casa dos Todorokis, Shoto joga uma almofada na cara de Dabi que só o faz rir.

Ele voltou, mas não inteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora