O encontro|004

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Ana Miller

Depois de trocar e-mails com o assassino, decidimos nos encontrar em uma lanchonete aqui perto.

Falando assim até parece uma coisa ruim.

Noite passada eu recebi uma ligação do meu chefe, ele disse que eu já poderia voltar a trabalhar.

Meu chefe, Tom. O homem mais pão duro e chato que existe. Ele tem dinheiro ? Sim, ele tem dinheiro de sobra, mas ele acha que se guardar dinheiro ele ganha o dobro...ah, e tem a famosa frase dele "Eu presiso guardar dinheiro, por que nunca se sabe quando vou ficar doente ou até mesmo nunca se sabe quando vem um ataque zumbi". A questão é essa, em um ataque zumbi não vai ser usado dinheiro...estou errada ? Ele é um babaca!

E quem pensa nisso ?

Me levanto e vou a caminho do banheiro e escovo meus dentes e depois vou para o banho.

Saio do banheiro e vou até meu guarda roupa. Hoje está frio, gosto do frio. Pego uma blusa de mangas longa bege, uma calsa preta, e um casaco grande que vai até meus joelhos.

Coloco a calça preta e depois a blusa, deixo a blusa dentro da calsa preta e coloco meu casaco. Vou até a minha sapateira e pego um tênis preto.

Vou até minha comoda e me sento no banco que tem na frente dela. Passo um corretivo, rímel, blush e um batom. Não gosto de maquiagen pesada no dia a dia.

Pego minha bolsa e vejo se tem tudo lá, pego a chave da porta e saio pela mesma.

Mais um dia em Nova Iorque, pessoas com roupas sociais, falando ao telefone.

Que chique. Queria ter essa disposição de me arrumar tanto assim de manhã. Depois de caminhar mais um pouco, eu chego no meu emprego. Só queria sair daqui e ir para um lugar melhor, onde sou tratada melhor e onde eu tenho um salário melhor. Com esse salário, eu nunca que vou conseguir pagar minha faculdade.

- Bom dia chefe - ele me olha de cima a baixo com um olhar estranho.

- Ridícula como sempre! E chegou atrasada, outra vez? - Ele faz de tudo, de tudo mesmo para me irritar - Está surda ?

- Me desculpe, não vai se repetir de novo.- olho meus sapatos. Não consigo olhar diretamente para os olhos dele, me dá nojo, nojo do jeito que ele me olha.

- Assim eu espero - Ele me olha e sai andando para o fundo da loja.

(...)

- Algo mais ? - pergunto para a moça que estava do outro lado do caixa.

- Só isso - ela meche na sua bolsa e pega uma carteira - Quanto deu ?

- Tudo ficou... 30 dólares. Se você pagar em dinheiro tem desconto de 5 dólares - A moça para e pensa por uns estantes, depois ela pega uma nota de 50 dólares e me entrega.

- Fique com o troco querida - ela pega suas sacolas.

- Obrigada, e volte sempre - Ela da um sorriso e sussurra um de nada e sai da loja.

Algumas horas depois eu termino meu expediente e fecho o caixa.

Finalmente acabou. Hoje eu tive que enfrentar, duas mulheres que queria sair sem pagar, um homem sem educação... Daí para frente só piora, é raro vim pessoas aqui com um humor bom. Essa loja é deixado por última opção sempre. Então só vem pessoas de mal humor.

Não tenho paciência para lidar com pessoas assim.

Pego meu celular e vejo o endereço do encontro com o assassino de aluguel. Andando mais um pouco eu vejo o local para nos encontrarmos.

Uma cafeteria ?

Achei que seria algo mais sombrio. Uma rua sem saída e com correntes e cheiro de ferro no lugar. Ok, presiso parar de assitir filmes de terror.

Entro na cafeteria e me sento um uma mesa. O lugar aqui parecer ser confiável e o cheiro da comida está muito bom. Se eu pedir alguma coisa para ir beliscando enquanto ele não chega seria errado?

Certeza que não. Pego p cardápio e vejo sugestões de várias comidas. Sempretive vontade de experimentar café gelado, então eu chamo uma garçonete e peço um café gelado e um croissant. Ela anota os pedidos e sai andando.

Depois de comer tudo eu fico aguardando por mais uns minutos.

- Você é a Ana Miler?

Olho para trás levando um leve susto. Vejo que era o homem que trombei a alguns dias, o que ele quer ?

- Oi?

- Você me chamou, aqui estou - Ele puxa uma cadeira e senta na minha frente - Sem enrolação por favor, começe a explicar o que quer que eu faça - Quer que faça o que exatamente ? Quem é ele ?

- Me desculpe, mas quem é você? - Ele é louco ? Talvez.

- Você me chamou - Ele pega o celular e mostra os e-mails trocados - Se lembra agora?

Que merda.

- Sim, me lembro - Coloquei minhas mãos em baixo da mesa. Chegou a hora da minha vingança.

- Então pode começar - Ele me encara.

-

- Ok, então você não sabe onde ele mora, não sabe se ele ainda está vivo e principalmente, não sabe se ele é o mesmo de 15 anos atrás - Ele me disse - Assim você complica.

- Vamos lá! Eu te chamei aqui exatamente para me ajudar nisso e eu não tô nem aí se ele é ou não o mesmo cara do passado -Falei em um tom mais alto a palavra "ajudar". Quero que ele fique ciente que ele não vai fazer o trabalho sozinho - Você vai me ajudar a achar ele, você vai me ajudar a matar ele. Não vai fazer isso sozinho - Ele me olha com uma cara estranha.

- Não trabalho com ajudantes. E você não deve saber de nada relacionado a esse assunto - Ele pega o celular e logo ele guarda. Parece que ele está esperando por alguma mensagem.

- Então não tem pagamento - Tenho que parar de ser língua afiada, uma hora dessas eu ainda vou me ferrar com isso.

- Ok! Mas eu vou te orientar, você só vai ter que me obedecer - Ele se levanta - Aqui está, amanhã 20:00 quero você nesse local - Ele me entregou um papel e saiu pela porta.

Seria arriscado de mais eu ir sozinha. Mas eu vou, quero iniciar minha vingança.

Guardo o papel na minha bolsa e vou até o caixa e pago pela comida.

Esse foi o Capítulo de hoje!! Quarta-feira tem mais em... Vejo vocês

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Beijos na bunda

O Assassino De Aluguel Onde histórias criam vida. Descubra agora