20191107 (07/11/2019)

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Em uma explosão de desgraça eu apenas espero ser arremessada para longe de tudo como um pedregulho irritante.

Mas a explosão sou eu, a explosão ocorre dentro de mim, minha cabeça gira em redemoinhos desconexos e eu mal racionalizo enquanto estou tão deformada quanto aquela maldita obra cubista marrom e triste.

Gritar, chorar, correr, me matar, tudo rodeia minha cabeça como um carrossel mórbido que eu não consigo parar, desencadeando o desespero e o medo porque não sei se durarei até o dia posterior.

As palavras finalmente estão sendo cuspidas e talvez eu morra após elas, talvez de cansaço ou por algo provocado, ou apenas  asfixiada pelo mau cheiro de cola da sala ao lado.

A coletânea que ninguém esperavaOnde histórias criam vida. Descubra agora