20190707 (08/07/2019)

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Poesia talvez seja meu primeiro nome, ou o segundo, não sei como se define isso, mas sei que tudo o que toco torna-se poético, desde o seu sorriso que a Gioconda invejaria ou a minha maldita despersonalização que forma rimas.

Chamam isso de dom, talento ou apenas prática, já eu, chamo de maldição.

Maldição maldita essa que me prende, amarra todas as palavras que deveriam ser vocabuladas, as alinha em filas planejadas e que serão ovacionadas.

Maldição essa que deslegitima cada dor e crueldade de meus sentimentos mais horríveis, transformando tudo em palavras bonitas que nunca serão compreendidas pelos olhos alheios e desconhecidos.

Maldição que me impede de dormir se não a cumpro, prende meus pensamentos em seu domínio e acha que ainda será compreendida.

Maldição essa que me faz escrever sobre ela e faz-se bela nesta tela como se assim fosse tudo nela.

A coletânea que ninguém esperavaOnde histórias criam vida. Descubra agora