Que droga... (18/02/2022)

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Eu gosto das tuas palavras, as rimas nada complicadas que saem das mãos e da boca que me levam ao delírio, malditas sejam cada uma delas e seus atos que me desestruturam.
Mas que droga... Que droga, eu me pergunto se algum dia alguma dessas palavras e rimas serão sobre mim... Mas se forem, por favor, que estejam afogadas num copo de cachaça, não quero ensaios de peso na consciência por achar que me deve algo.
Na verdade, eu queria mesmo é que tu me ligasse, e não é nem pelo vinho na minha cabeça, mas pela saudade maluca q eu tô do teu beijo e do teu corpo. Que droga... Eu deveria ter deixado minha marca na parede do teu quarto, quem sabe tu se lembrasse enquanto fuma um baseado.
Ah, que droga... Tu não ia se lembrar, não sou tão recordável quanto todas as outras ondas de cabelos castanhos e bocas bonitas que tu já deve ter beijado, entre uma ou outra tu vai me esquecer assim fácil, mesmo se tivesse a droga do meu retrato.

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