•°● Capitulo oito ●°•

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•° James Potter °•

Hoje é Sábado, dia de folga, estava aqui na sala lendo o Profeta Diário - que não tinha nada de interessante, apenas a Rita Skeeter infernizando a vida de mais um pobre coitado - quando eu vi um caminhão de mudança no outro lado da rua, e uma mulher ruiva carregando umas caixas para dentro da casa, provavelmente as coisas da mudança, eu percebi que ela tava tendo um pouco de dificuldade pra carregar as caixas então decidi ir ajudar, afinal, ela vai ser a única vizinha jovem que eu vou ter - além do Sirius e do Remus, e da loira que nunca tá em casa.

Saio de casa e me aproximo dela, que está voltando para pegar outra caixa.

— Não seria mais fácil usar a varinha? – digo balançando a minha levemente para a mostrar.

— Seria.. se eu não tivesse perdido a minha em alguma caixa – diz se virando para mim – mas eu vou achar em algum momento.

Pude reparar mais nela. Ela é ruiva, tem olhos castanhos, poucas sardas no rosto, tem um nariz fino e redondinho que a deixa fofa misturando com as sardas. Tem o que eu chuto ser 1,58 de altura. Paro de reparar nela e volto a falar.

— Se quiser posso te ajudar, sabe, você é a única vizinha jovem por aqui, tirando meus melhores amigos e a loira que nunca tá em casa, são todos velhos. Não que eu esteja reclamando, adoro os biscoitinhos da dona Patterson – digo.

— A loira que nunca tá em casa é minha melhor amiga. Alex Weasley – diz dando um sorriso ladino e estendendo a mão – e eu aceito sua ajuda.

— James Potter – digo apertando. Balanço a varinha e as caixas começam a ir sozinhas – no que precisa de ajuda? Tenho o dia todo, podemos jogar conversa fora enquanto trabalhamos.

— Bem, tem que montar os móveis, o que vai ser fácil com a varinha, e arrastar tudo para o canto certo, por os objetos, pendurar quadros, e é isso.

— Não era para ter uns caras aqui te ajudando?

— Era, mas os filhos da puta disseram que iam pegar alguma coisa e me deixaram sozinha.

Logo que começamos a tirar as coisas da caixa os homens apareceram dizendo que tinham que ir, Alex quase os matou com o olhar mas não disse nada. Começamos a montar as coisas com o auxílio da minha varinha e em uma caixa onde tinha umas coisas de cozinha eu achei a varinha dela.

— Olha, pode parecer estranho mas eu sinto que já te vi – diz ela enquanto terminava de abrir uma caixa.

— Na verdade eu também sinto que já te vi – digo parando para a analisar, enquanto ela fazia o mesmo – Ah, você era a ruiva que estava na estação 9¾ quando fui levar meu filho. Chuto que foi levar seu filho – digo ao me lembrar.

— É você, e eu não sou mãe do Rony, sou tia dele. Eu já imaginava que você fosse o pai do menino, sabia que vocês se parecem muito? – diz ela parecendo se lembrar.

— Todos sempre dizem isso – digo pendurando um quadro em cima da lareira – a cópia do pai, com os olhos da mãe.

— Desculpa se eu tiver sendo indelicada, mas eu não vi a sua mulher lá – diz ela colocando uns livros em uma estante.

Fiquei meio surpreso por ela não saber sobre a Lilian, afinal, desde sempre tenho que ouvir as pessoas comentando e dizendo "meus pêsames".

— Você não sabe? – pergunto e ela nega – É que desde sempre todos sabem e eu tenho que escutar palavras de consolo que não ajudam de nada. A 10 anos, minha mulher foi assasinada por Voldemort, desde então meu filho ficou conhecido como " O menino que sobreviveu".

Sim, outra Weasley - James PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora