Uns com tanto e outros com tão pouco...

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Ah, a praia.

Verão, sol, mar, areia, biquínis...

Ou pelo menos era o que Bakugou esperava. Poxa, era pedir demais querer ver sua namorada usando um biquíni, nem que seja da sessão infantil? Provavelmente era já que Naomi usava um moletom em pleno verão e na praia. Era mais do que óbvio que a americana estava morrendo de calor usando aquilo, mas mesmo assim não tirava.

— Você não vai entrar no mar, não? — ele perguntou como quem não quer nada.

— Talvez eu vá — ela respondeu olhando os outros se divertirem na água.

— Não vai tirar esse moletom, não? Tá um calor da desgraça hoje — disse tentando parecer calmo.

— Talvez eu tire.

— Sério, quem caralhos usa moletom na praia? — falou, cansado de se fazer de sonso.

— Eu — ela respondeu e puxou as cordas do capuz, cobrindo praticamente todo o seu rosto ao diminuir o tamanho da abertura ao máximo.

— Agora eu não vou poder nem ver seu rosto?! — exclamou indignado.

— Você não disse que está comigo só por causa da minha bunda, então você só precisa ver ela — ela disse, se deitando no tecido estendido sobre a areia e virando de costas para seu namorado.

— Você precisa parar de ser tão vingativa, caralho! — falou irritado. — Cadê sua autoestima, porra?

— Tá na casa do caralho! Olha o tamanho dos peitos delas, cara! Parece uma cama box king plus size! É tão grande que cabe o casal, os amantes e ainda sobra espaço pra um surubão! — ela reclamou.

— Deixa disso! Você tem algo que elas não tem!

— Sim! A falta de peito! Como você mesmo diz: lisa! Reta feito uma tábua! Com umas meninas dessas aqui, a autoestima fica enfiada no cu! — exclamou puta da vida.

— Então, tira do cu! — respondeu igualmente puto.

— Vem você tirar! — ela disse e ele corou.

— T-Tá então! — ele disse se aproximando.

— Se você explodir meu moletom, eu vou queimar o seu short — ela disse entre dentes, se virando para ele e abrindo a abertura do capuz para olhar mortalmente para ele.

— Tira. Esse. Moletom — ele disse agarrando o tecido e ela agarrou o tecido do short dele.

— Por que eu faria isso? Pra você ficar me zoando por não ter peitões? — ela perguntou irritada. — Nem fudendo.

— Eu quero te ver de biquíni! — ele respondeu puto. — Pelo menos uma vez na vida você pode usar algo que não seja as minhas roupas ou um moletom 3 vezes maior que você?! — ele pediu, bufando.

— Eu gosto de moletons grandes, ué! — disse se defendendo.

— Eu sei disso. O problema é só usar isso! Será que pelo menos uma vez eu posso te ver usando outra roupa? — ele pediu.

— Implore — ela disse, tirando uma com a cara dele, sabendo que ele nunca faria isso.

— Desgraçada — ele bufou, depois fechou os olhos e respirou fundo, engolindo todo seu orgulho por um bem maior. — Tá então. Por favor, Nao-chan, posso te ver de biquíni?

— Holy shit! Você realmente implorou! — ela disse surpresa. — Fuck! Não sabia que você era tão sedento assim por essas coisas…

— O que? Não! Eu não sou a porra do Mineta! — ele disse irritado. — Eu vou pode ver ou não?

— Ok! Ok! Você venceu. Vou mostrar, porra! — ela disse agarrando o zíper do moletom, com as bochechas coradas. — Mas, se você der um riso, uma piadinha sobre os meus peitos e eu queimo o seu short — ela avisou séria.

— Tá! — ele falou com as mãos para o alto, em sinal de rendição.

Ela abriu o moletom morrendo de vergonha e estando pronta para torrar o loiro. Corando, Bakugou olhou para ela e a única coisa que conseguiu falar foi:

— Porra, eu preciso te levar mais a praia.

— Feliz agora? — perguntou pronta para fechar o moletom.

— Não fecha! — ele pediu, segurando o braço dela. — Não fecha. Você… você tá muito, muito… bonita…

— Really? — ela perguntou envergonhada, não muito acostumada com elogios como aquele.

— Sim.

— Bom, já que insiste.

Ela tirou o moletom e o colocou dentro da bolsa, depois se sentou ao lado de Bakugou e, aproveitando que ninguém estava olhando, encostou a cabeça no ombro dele. Ele segurou a mão dela, sem falar nada. Os dois sendo um zero à esquerda em namoro.

— Ei! Vocês querem uma água de coco… — A voz de Kirishima foi morrendo ao pegá-los no flagra em um momento romântico. — Esquece o que eu falei! Finjam que eu nunca estive aqui! — ele disse correndo para longe com os dois cocos nos braços.

— this is so embarrassing... Ai que vergonha! — ela disse escondendo o rosto no pescoço do loiro. — Vou me esconder no meu moletom.

— Nem pensar! — ele disse agarrando ela, mantendo-a presa em seus braços.

— Agora, você está me abraçando, idiot — ela brigou.

— Shut up! — ele disse tão irritado e envergonhado que nem percebeu que estava pegando a mania dela de misturar inglês e japonês.

— Você acabou de me mandar calar a boca em inglês? — ela disse surpresa.

— Vá a merda! Isso é culpa sua! — ele se defendeu com o rosto corado e ela riu.

— Certo, Dynamight — ela disse brincalhona, o chamando por aquele apelido idiota que ela inventou.

— Não me chame assim, baka — ele disse mais envergonhado do que irritado.

— Vamos, assuma. Você adora quando eu te chamo assim — ela disse com um sorrisinho maroto.

— Nunca!

— Bom, você não negou que gosta dele ~

— Sua…

Ela riu alto e ele não conseguiu xingá-la, porque seu coração acelerou e por um segundo esqueceu que estava com raiva.

De Santa, Só A Cara! - BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora