Eu amo a minha sogra!

317 29 1
                                    

Quem quer que passasse perto dos dormitórios da 1-A àquela hora se assustaria com o choro e os gritos de lamentação. Era como se estivessem levando alguém para a morte certa, enquanto, na verdade, duas aspirantes a heroínas iriam conhecer as progenitoras de seus namorados.

― Eu vou morrer! Como você pode ter a cara de pau de dizer que me ama e depois me mandar pra morte?! ― lamentou a azulada se agarrando a Midoriya, seu namorado.

― U-Usagi-chan… Não é para tanto… Minha mãe não é tão terrível assim… ― Deku disse, tentando acalmá-la em meio aos seus lamentos.

― Eu comprarei todos os mangás que você quiser ― Shouto disse, tentando convencer a rosada de sair de dentro de seu moletom e ir com ele visitar sua mãe.

― Todos mesmo? ― ela perguntou, saindo de seu “esconderijo” e olhando para Shouto com os olhos brilhando, tentada a aceitar a oferta. ― A-Ah, você não vai conseguir me comprar com isso! N-Não mesmo! ― ela afirmou, se escondendo dentro do capuz de seu moletom de novo e se agarrando firme a ele.

― Por que todos esses gritos e choradeira? ― Naomi perguntou, bocejando de sono e se espreguiçando. ― Não façam barulho tão cedo, caralho.

― Cedo? São quase dez e meia ― respondeu Kirishima, olhando a hora no telefone.

― Pra mim isso é cedo, mas me fala, que putaria é essa? ― ela perguntou, olhando para os dois casais barulhentos.

― A Kotori-chan e a Sumkiko-chan estão assim porque vão conhecer suas sogras ― Mina respondeu enquanto apenas observava e ria da situação.

― Eu entendo a Kotori, também ficaria com medo de conhecer a mãe do Midoriya depois de saber que ela foi capaz de deixar o All Might de joelhos ― Kaminari falou, botando lenha na fogueira.

― Eu já disse que vocês entenderam errado, não foi isso que eu quis dizer! ― Izuku repetiu pela milésima vez. ― Ela não o deixou de joelhos, e-ele ficou de joelhos sozinho! Me ajude, Usagi-chan, eu contei o que aconteceu para você! ― o esverdeado implorou para a namorada que só esperneava agarrada a ele.

― Me ajude, Nao-chan! Você já conhece sua sogra, né? Me diga, você gostou dela? Ela gostou de você? Me salve, Nao-chan! ― Usagi implorou se jogando nos braços da morena.

― Sobre a minha sogra? — a morena perguntou, olhando nos olhos perolados da amiga e ignorando o sorriso robótico de Deku. Um enorme sorriso surgiu no rosto da americana ao responder: — Ah, eu amo a minha sogra!

― Você e a coroa se merecem, duas loucas ― Bakugou falou, dando o ar da graça de aparecer ali.

― Acordou, bela adormecida. Você dormiu feito um bebezinho enquanto estava agarrado a essa doida ― a namorada do loiro revidou, com um sorriso travesso nos lábios.

― Cala boca, bruxa maldita! — exclamou com as bochechas coradas. — E larga a namorada do Deku de merda, antes que aquele sorriso torto fique grudado na cara dele ― o loiro disse, mudando de assunto, e tirando a azulada de cima da morena e a jogando nos braços do namorado que não sabe esconder o ciúme.

― Não se preocupe, Deku. Tanto eu quanto a Usagi já temos o que queremos ― Naomi falou, apertando a bunda do namorado enquanto ele estava distraído. 

― Sua desgraça! Tira a mão da minha bunda! Será que dá pra agir como uma namorada normal?! ― ele exclamou furioso.

― Por que você também não age como um namorado normal?! Tudo o que você fez desde que acordou foi me xingar! Por que não diz algo como “Bom dia, querida” ou “Bom dia, Nao-chan”?! ― ela disse igualmente furiosa.

― Nunca vou falar essas baboseiras idiotas! 

― Então vou continuar abusando da sua bunda como eu bem entender!

Os dois caíram na porrada. Uma briga matinal normal para eles, embora a morena estivesse mais a fim de apertar a bunda de Katsuki. Kirishima suspirou pesadamente enquanto observava os dois tentando se matar no chão. Se arrependendo profundamente de ter, até mesmo, cogitado a ideia de tentar fazê-los agir como um casal normal.

― Será que vocês podem tentar não se matar hoje? ― o avermelhado pediu, acabando com a briga.

― Fica tranquilo, Eijiro-kun. Pode ir ficar com a berserker ― a morena falou, empurrando ele para a saída e o chutando para fora do dormitório. ― Depois me conte tudo, ok? Vou tentar não matar o Katsu-kun até lá.

― Eijiro…-kun? ― Bakugou falou entre dentes.

― Ah, não vem dá uma de ciumento agora, ainda estou irritada com você, my lover ― ela falou sorrindo de forma assustadora para ele.

— Por que você chama ele pelo nome? Quem é seu namorado? Ele ou eu? — ele reclamou. — Você não ia gostar se eu chamasse a Mina de Ashido-chan.

— É sério que você ainda não superou aquela ligação estúpida? — questionou brava. — Eu namoro você, infeliz!

— Sério? Pois não parece — ele respondeu igualmente bravo.

— Gente… e a história da sogra? Eu preciso dessas dicas para hoje ainda... — Usagi disse, perdida no meio da briga.

— Você já conheceu o meu pai! Acha mesmo que a essa altura, eu vou te trocar pelo Kirishima, que detalhe: tá namorando outra garota? — ela falou indignada.

— Seu pai tentou me matar! — vociferou puto.

— Ei… eu tô aqui pela sogra, não o sogro… — Usagi disse, tentando chamar a atenção deles.

— Tá achando ruim? Termina, então! — ela exclamou puta de raiva.

— Termina você! — ele respondeu puto, cruzando os braços.

— Eu, não! Termina você!

— Não vou terminar!

— Também não vou!

Eles bufaram e cada um seguiu em uma direção diferente, batendo o pé no chão e resmungando xingamentos.

— Mas gente! E a história da sogra? Eu quero saber, porra! — Usagi reclamou, mas nem um dos dois prestou atenção.

De Santa, Só A Cara! - BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora