O que você cozinharia para um inimigo?

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Por algum milagre do universo, Naomi estava preparando curry para Bakugou — sem estar pagando uma aposta — na cozinha dos dormitórios, então Mina resolveu perguntar:

— Kimiko-chan, você já viu a nova enquete que tá rolando no herogram?

— Hmm... Acho que não, qual é? — ela perguntou enquanto preparava o molho.

— O que você cozinharia para o seu inimigo? — disse Ashido a observando cozinhar de maneira desastrada.

— O que eu cozinharia?... Acho que algo bem picante... — ela respondeu ao mesmo tempo que colocava uma quantidade exagerada de pimenta no molho. — É eu colocaria muito pimenta e das mais fortes também — ela pegou um pote de pimenta "Plus Ultra Hot" especial que havia comprado na loja de conveniência perto da U.A e sem querer derramou todo o conteúdo do pote, e continuou mexendo no molho como se nada tivesse acontecido. — Mas, eu faria isso em uma comida que normalmente já é um pouco picante, só pra disfarçar, sabe?

— Ehh... Tipo curry? — Mina perguntou nervosa olhando ela fazer a comida de Katsuki.

— Yes! — respondeu sorrindo doce. — E o que você cozinharia, Mina-chan?

— A-Ah, eu? Acho que algo tipo isso também... — disse sorrindo amarelo, preocupada com o que aconteceria com Bakugou quando comesse aquilo.

Ao ficar pronto, Ashido olhou para ele temerosa, parecia um curry normal, mas depois de ver como ele foi feito, estava com medo.

— Eu acho que esse é o nosso último dia com o Bakugou — a rosada sussurrou para o namorado.

— Por que? Ele foi expulso? — Hanta perguntou surpreso.

— Não, mas acho que ele vai morrer depois de comer isso — ela respondeu falando baixo para Naomi não ouvir.

— Ei, o que vocês estão cochichando aí? — perguntou Kaminari se aproximando do casal.

Eles acabaram contando para todo BakuSquad sobre o curry — carinhosamente apelidado de "Morte Certa" —, menos para a grande vítima, Bakugou Katsuki.

— É melhor darmos adeus a ele — falou Denki com a mão sobre o peito esquerdo em sinal de respeito. — Adeus soldado, você se foi tão cedo...

— Calma galera, não pode ser tão ruim assim, eu sei que a Kimiko não é boa na cozinha, mas não seria algo letal, né? — Kirishima questionou tentando suavizar a situação.

— Foi bom enquanto durou. Você era um pouco escroto, mas era legal — Mina e Sero disseram colocando a mão sobre o peito esquerdo também. — Adeus, caro amigo.

— Gente?... Eu vou sentir sua falta, Bro — Eijirou falou se juntando a eles.

— Oe, seus merdas! Que porra é essa?! — Bakugou perguntou vendo eles daquele jeito no meio do refeitório dos dormitórios.

— Bakugou! Não vá! — todos gritaram ao mesmo tempo.

— Que?!

— Katsu-kun! Eu tenho algo pra você! — disse Naomi sorrindo inocente e segurando a mão do loiro.

— Por favor, não vá! Você é tão novo para morrer! — o BakuSquad agarrou o outro braço dele.

— Cês estão doidos?! Que merda é essa?! — questionou se soltando deles.

— Vem, você acabou de voltar do treino, não é? Eu fiz comida para você! — disse a americana o puxando para a mesa.

— Você fez comida? Perdeu a aposta pra quem? — ele perguntou desconfiado.

— Eu não perdi nada!

— Você quebrou algo meu? Isso faz parte de algum plano diabólico de você e da coroa? — ele continuou, conhecia aquele demônio, ela nunca fazia algo por nada.

— Não! Qual é o problema de eu fazer comida para o meu namorado? É tão suspeito assim? — ela disse de braços cruzados, irritada.

— SIM! — tanto Katsuki quanto o BakuSquad responderam nessa hora.

— Oh my! É isso que eu pareço pra vocês? — falou fazendo drama. — De qualquer forma, eu fiz e você vai comer — ela empurrou o prato na direção do loiro.

— Pra algo que você cozinhou, ele até parece decente — ele disse cutucando a comida. Bakugou pegou o primeiro pedaço e comeu enquanto era assistido por sua namorada e os amigos, quando engoliu viu o BakuSquad o olhando surpreso até que o loiro arrotou fogo e os assustou.

— Isso sim é picante de verdade! — ele falou sorrindo e comendo mais enquanto seus amigos caiam no chão aliviados.

— Então você gostou? — Naomi perguntou e ele fez que sim com a cabeça sem parar de comer. — Que bom, porque eu preciso te falar um negócio aí.

— Sabia que tu tava tramando alguma coisa, demônio! O que foi que fez?! — ele exclamou irritado, mas continuou comendo.

— É que... Eu sem querer, QUERER, deixei escapar enquanto falava com meu pai que estamos namorando... — ela disse sorrindo amarelo. — E agora ele e minha família estão vindo para o Japão para te conhecer... hehe...

Quando ouviu aquilo Bakugou engasgou e quase morreu ali mesmo, ele olhou sério para a americana, esperando que aquilo fosse brincadeira, mas não era.

— C-Como é seu pai? — ele perguntou e ficou puto por ter gaguejado.

— As pessoas dizem que eu puxei muito a ele em personalidade, sem contar que eu sou a caçula e a única menina de quatro meninos, hehe... — ela falou coçando a nuca nervosa. — Eles são muito superprotetores comigo, teve até uma vez que ele disse que quando eu tivesse um namorado a primeira coisa que faria seria mostrar o seu rifle de caça e como se caça um alce no Alasca...

— Pelo menos é só mostrar como se caça — ele disse com um sorriso nervoso.

— Você seria o alce — ela explicou e ele engoliu o seco.

— Quando ele chega? — ele perguntou enquanto mexia na comida só para ocupar as mãos e esconder seu medo.

— Neste sábado.

— Mas hoje é sexta...

— Então... — ela sorriu amarelo dando tapinhas em seu ombro.

De Santa, Só A Cara! - BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora