Yeonjun e Soobin são semideuses em uma relação de amor e ódio que dá o que falar no Acampamento Meio-Sangue.
O que eles não tinham consciência é do quão profunda essa ligação entre os dois é.
Os mundos viram de cabeça para baixo quando Yeonjun é re...
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ca·lo·ro·so (adj): que contém ou causa calor; que tende a ser afetuoso ou desperta o afeto em; que é quente.
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Soobin o guiava pela floresta enquanto Yeonjun tentava não se perder, dividindo os olhos entre a trilha e a tela do celular. Ele foi aconselhado a não passar muito tempo com o aparelho, mas ao ver as 54 ligações perdidas de seu pai, percebeu que não teria para onde correr por muito tempo.
— Choi Yeonjun! — o pai exclamou ao atender no segundo toque. — Onde estava que não atende às minhas ligações?
— Aconteceu muita coisa nos últimos dias, pai — assumiu, rindo de maneira nervosa. Pretendia esconder detalhes do ataque que sofrera e dos pontos que tomou. Haejin iria pegar o primeiro avião para a Coreia e era uma má idéia.
— O que aconteceu, meu filho?
— Sei lá, acho que fui atacado por um monstro? Nem sei se posso estar falando sobre isso — disse, em dúvida. — Foi confuso, mas agora estou bem — garantiu rapidamente.
— Como você está? Todos estão te tratando bem? Miyeon-ssi me avisou sobre o acampamento.
— Sim, estou sendo muito bem tratado, todos são uns amores. Até me deixou surpreso.
Soobin parou em um riacho, parecendo nervoso ao vê-lo falar ao telefone por tanto tempo. Não é algo que os semideuses costumam fazer e pensar que Yeonjun sempre teve acesso àquele tipo de tecnologia o confundia e o assustava. Algo sobre o filho de Gaia era muito diferente do usual e não conseguia compreender o porquê.
— Fico mais tranquilo que esteja no acampamento por causa dos monstros. Está acompanhado, filhote?
— Sim, estou com um colega, é quem está me ajudando com os treinos e me apresentando para o acampamento — explicou brevemente, sentando-se em uma das pedras.
— Então está inteiro? A comida por aí é gostosa? Precisa que eu mande Miyeon para você?
— Pai, fique calmo — pediu aos risos. — Estou inteiro e a comida por aqui é muito boa, não tem com o que se preocupar.
— Como vou saber se está mentindo? Mande uma foto, quero checar se está realmente bem.
A preocupação do pai era adorável e o deixava muito grato. Por mais que sempre fosse um homem ocupado por conta das gravações, gostava de saber que ainda se preocupava e que sempre poderia contar com ele se precisasse.
— Tudo bem... Prometo que mando — garantiu, mas o pai riu do outro lado da linha.
— Conheço essa voz e sei que está mentindo para mim, pirralho! — disse, fazendo o filho gargalhar. — Deixe-me perguntar algo, acha que consegue vir para a estreia do filme? É em alguns meses, mas gostaria que viesse...