Yeonjun e Soobin são semideuses em uma relação de amor e ódio que dá o que falar no Acampamento Meio-Sangue.
O que eles não tinham consciência é do quão profunda essa ligação entre os dois é.
Os mundos viram de cabeça para baixo quando Yeonjun é re...
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re·ve·la·do (ajd): Que se descobriu ou se tornou evidente; conhecido.
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Yeonjun estava exausto.
Mesmo após passar mais tempo do que deveria nos braços de Soobin naquela praia, sua mente estava tão cansada que poderia desmaiar a qualquer momento.
Os dois estavam dentro do Chalé Um e o filho de Zeus notou como tudo parecia prestes a desabar. Yeonjun aparentava estar tão vulnerável que sentia a necessidade de segurá-lo constantemente, tendo medo que desmoronasse. Os olhos azulados permaneciam focados em si e, normalmente, é algo que gostava, mas, hoje, estava detestando receber atenção demais.
— Juro que estou bem, Soobs — proferiu suavemente. — Só extremamente cansado.
Soobin conseguia ver que era mentira. Por mais que não dissesse, notou que controlar a raiva que herdou de sua mãe tomava muito de sua mente. E, consequentemente, fazia com que o moreno se preocupasse o tempo todo.
— Não vamos para o Capture a Bandeira desse jeito — proferiu, negando firmemente.
— O que quer dizer? Temos que ir em meia hora — lembrou, ignorando a dor que o dilacerava por dentro.
— Se acha que vou te deixar sair assim, está muito enganado — avisou, puxando-o pelo braço para que fossem até a varanda.
— O que estamos fazendo? — indagou, confuso.
Subitamente, o filho de Zeus abraçou sua cintura firmemente e, poucos segundos depois, estavam flutuando a alguns centímetros do chão. Yeonjun arfou, assustado, agarrando os bíceps de Soobin com força. Havia uma rajada de vento forte o suficiente para os sustentar no ar e, quando menos esperou, estavam em um terraço acima do Chalé Um.
A vista do pôr do sol quase o fez perder o fôlego. Ao contrário do que sentia pelo acampamento, aquele lugar parecia um santuário. Silencioso, calmo e extremamente aconchegante. Haviam diversas almofadas espalhadas no chão e seus lábios formaram um bico manhoso.
— O que é esse lugar? — indagou em tom suave, andando ao redor.
— Gosto de vir aqui quando as coisas se tornam demais — admitiu, dando de ombros.
— É o seu lugar? — perguntou, ainda observando o local com os olhos brilhantes.
— Acho que sim, nunca contei para ninguém que o terraço existe — proferiu timidamente.
Não conseguia compreender a vontade avassaladora de protegê-lo, mas, subitamente, todas as suas células fariam o possível para que o mantivesse em segurança. Surpreendeu-se ao contar para Yeonjun sobre algo tão importante em um período tão curto de tempo.
Nunca comentou com ninguém, mas detestava o Acampamento Meio-Sangue pelo peso em seus ombros que vinha acompanhado da responsabilidade de ser o filho de um dos Três Grandes e sempre utilizava o silêncio calmante do terraço para esfriar a cabeça e os sentidos.
