Capítulo 09

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Sina Deinert pov’s

Eu tinha acabado de sair de uma cirurgia que tinha dado tudo certo, estava caminhando para a recepção para comunicar aos familiares. Chegando lá minha visão parou na morena sentada, com as pernas cruzadas, enquanto mexia no celular. Me aproximei de Heyoon que na mesma hora levantou a cabeça me olhando.

— Tudo bem?

— Obedecendo suas ordens médicas, doutora. — Ri baixo.

— Eu já venho. — Ela assentiu, sorrindo de canto.

Caminhei até os familiares do meu paciente e os chamei, todos pareciam apreensivos. Dei um sorriso para tranquilizá-los. Expliquei tudo o que tinha acontecido e que estava tudo bem. Iria liberar a entrada de duas pessoas, falei qual era a sala e eles foram até a recepção pegar o crachá de visitantes.

Voltei para perto da Heyoon, ela me encarava desde o momento em que me viu. Chamei ela com a mão, que levantou colocando o celular no bolso e veio até mim. Fui para minha sala com ela me acompanhando. Assim que entramos, deixei ela passar e fechei a porta. Apontei para a cadeira, onde ela se sentou.

— Como está o braço?

— Melhor. Não dói mais.

— Você mexeu nele? Passou alguma coisa? — Ela negou. — Deixa eu ver, coloca aqui. — Ela fez o que eu pedi. Levantei seu moletom vendo que estava praticamente cicatrizado. — Sua carteira de vacinação está em dia? — perguntei, sentando na minha cadeira.

— Deve estar. — Eu ri, levantando as sobrancelhas. — Qual é! O machucado não é tão grave assim para o papo chegar em vacinação — falou rindo.

— Tem medo, é? — Ela deu de ombros. — Mas é sério, você ficou com um caco de vidro dentro de você por dias. Não trouxe a carteira de vacinação?

— Trouxe — ela respondeu, tirando da bolsa e me entregando.

— Mas está tudo em dia, sim — falei e ela riu. — A próxima é com dezoito anos. — A devolvi. — Está tudo certo. Praticamente cicatrizado, acho que daqui um ou dois dias fica cem por cento.

— Obrigada. — Sorri brevemente. — Posso te pedir algo?

— Pode.

— Um atestado.

— Pra quê? — Franzi o cenho.

— Amanhã eu preciso faltar na escola, mas eu não posso ter muitas faltas. Abusar da sua gentileza, sabe? — Eu ri.

— Tá bom, Heyoon. — Alcancei o papel.

Depois de ter assinado, entreguei a ela, que sorriu agradecida.

— Obrigada, sério.

— De nada. Se cuida.

— Tchau. — Acenei com a cabeça e ela levantou, saindo da sala.

Em questão de dois minutos alguém bateu na porta e entrou, era uma recepcionista.

— Doutora, você atendeu a paciente Heyoon Jeong? — Ela olhava para um papel em suas mãos.

— Foi eu, sim. Os dois dias que ela esteve aqui. Por quê?

— Ela é menor de idade, precisava estar acompanhada dos pais.

— Os pais dela não estão vivos, até onde eu sei. Ela mora com o namorado. Ele deve estar trabalhando quando ela veio aqui — respondi nem ligando.

Sabia que qualquer um menor de idade só poderia ser atendido se estivesse acompanhado por alguém maior de idade ou se fosse caso de urgência, e mesmo assim, teriam que vir. Mas eu duvido que Jordan saiba que Heyoon veio para cá.

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⏰ Última atualização: Oct 24 ⏰

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