Seus olhos, agora, estão arregalados. O vento forte cobre meu rosto e eu sinto a chuva começar a se manifestar em pequenas e fracas gotas arredondadas. Meu rosto é afetado e eu vejo Selena se levantar e me esperar fazer o mesmo, de repente, ela corre até uma simples lojinha e cobre seus cabelos ondulados com uma boa parte do capuz que há em seu casaco preto.
Talvez ela esteja se perguntando por que do meu pedido, porém ainda sim, não é capaz de respondê-lo.— Você está me pedindo em casamento? — apenas balanço a cabeça, não sei mais o que dizer. — Jaden, você não precisa fazer isso.
— Isso é mais sobre você do que sobre mim. — falo alto, encostando meu corpo na parede garranchada. — Mas se você não quiser, tudo bem, eu entendo. — dessa vez ela me olha e enruga seus lábios intencionalmente, quero que os mesmo fossem assegurados dentro de sua boca. Isso é impossível, ela tem uma boca realmente linda. Notei isso não agora, há umas semanas.
— Não... — ela pragueja baixinho. — Eu quero, quero muito. — Nessa sorri, mas não mostra as linhas curvadas de seus dentes.
— Então... Eu vou indo. Você quer uma carona? — ela olha para a rua e a vê molhada, culpa da chuva que ainda está acontecendo.
— Eu acho que não quero ficar aqui sozinha.
Então, nós dois corremos sob as inúmeras gotículas de água que cai demasiadamente do céu nublado. Assim que abro a porta do motorista e me enfio para dentro do carro, Selena faz o mesmo, colocando seu corpo bem ao lado do meu. Seus cabelos estão ainda secos, mas o meus... Posso sentir algumas mechas pregarem em minha testa, também, molhada.
Ligo o carro e nos tiro dali, vendo o vidro ficar cada vez mais embaçado.— Bom, você tem alguma mania esquisita? — questiono, a fim de quebrar o gelo entre nós dois. Seus olhos me encaram e ela nega com a cabeça. — É que eu espero não dormir debaixo do mesmo teto que uma maníaca. — a garota ri, parece realmente ter achado engraçado.
— Eu acho que não sou esquisita. — diz ela. — Mas eu me faço uma pergunta todos os dias de manhã. São perguntas que, provavelmente, nunca terão respostas.
— Como, por exemplo? — estou encarando a estranha, mas presto atenção em sua fala.
— Onde fica o final do arco-íris? — eu rio esnobe e a olho pelo final dos meus olhos. Nessa está ainda me observando.
— Pergunte a Deus. — sou sarcástico.
— Se fosse perguntar a Ele cada uma dessas coisas, eu ainda sim continuaria sem as respostas. — seu timbre não é agressivo, ela apenas disse de uma forma meiga e compreensível, deixando evidente que não, Ele não a ouviria. — Deus está ocupado demais cuidando de coisas realmente importantes. Eu acho que Ele não me escuta mais.
— Posso te fazer uma pergunta? — ela apenas concorda com a cabeça e olha para a janela ao seu lado. — Você é daquele tipo suicida que gosta de cortar os pulsos?
— O quê? — no mesmo instante, Nessa me olha.
— Não, eu não machuco a mim mesma.
— Ah sim, que bom. Seria péssimo saber que uma garota bonita como você, faz esse tipo de coisa. — o rubor em suas bochechas aparece e ela morde seus lábios, um pouco envergonhada. Eu apenas sorrio e volto a prestar atenção na estrada por trás de nossos corpos. — Então, mais alguma pergunta?
— O que veio primeiro: o ovo ou a galinha?
— Com certeza o ovo. — eu respondo óbvio.
— Ok, como se escreve o "zero" em algarismo romano?
— Uau, eu não faço a mínima ideia. — gargalho, jogando minha cabeça para trás, encostando-a no estofado do banco.
— Por que zero elevado a zero é igual a um?
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𝙊𝙣𝙡𝙮 𝙝𝙤𝙥𝙚.
FanfictionNoventa milhas fora de Chicago. Não posso parar de dirigir, eu não sei por quê. Tantas perguntas que precisam de respostas. Mesmo após tanto tempo você ainda está em minha mente. • Quem prende as estrelas no céu? • O amor verdadeiro é só um na vida...