Madrugada

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Se antes eu dormia tarde demais, depois dessa festa foi pior. Eu geralmente durmo 00h00 ou 01h00, mas já eram 03h30! Por mais que eu tentasse contar carneirinhos ou criar histórias imaginárias na cabeça, nada funcionava! E até que essa festa acabou cedo, mas vários copos de refrigerante mantém a pessoa acordada.

Decido pegar o meu radinho para escutar alguma coisa. Talvez tenha algum programa que passe aquela hora.

Obviamente o programa de música que eu escutava estava inativo. Fui "navegar" em outros programas girando aquela bolinha.

Depois de tanto navegar, cheguei a conclusão que todo mundo estava inativo naquele momento.

"E agora, o que eu vou fazer pra passar o tempo?"

Vou para a cozinha beliscar alguma coisa, vai que tenha sobrado algum petisco da festa. Desço a escada e saio do meu quarto silenciosamente para ninguém escutar. Vai ser meio difícil por conta da Dolores, mas ela provavelmente vai estar dormindo, deve achar que é um dos animais do Antônio.

Desço a escada na ponta do pé, mas acabo tropeçando no meu próprio pé. Dou um gritinho baixo quando caio e dou de cara no chão. O que estava acontecendo comigo? Já caí duas vezes naquela noite!

Me levanto com o corpo dolorido e vou andando lentamente para a cozinha. Lá tinha alguns lanchinhos em cima da bancada, como arepas ou pastéis. Peguei uma arepa recheada com alguma coisa gostosa e dei uma mordida mais lenta que uma tartaruga.

"Calma, estou ficando paranóica demais com isso. Até uma mordida tem que ser silenciosa? Dolores vai estar dormindo, e ela deve estar com aqueles tampões de orelha que tampam tudo que a pessoa escuta."

Volto a mastigar normalmente depois de acalmar a mim mesma.

Fico apoiada em uma parede enquanto comia e olhava a arepa na minha mão, foi quando eu vi...

"UM RATO!"

Saio em uma corridinha rápida da cozinha e fico olhando de longe o que o rato fazia. Ele... pegou uma arepa e foi embora?

O rato me olhou e foi em minha direção, então saí correndo para o meu quarto e fecho a porta rápido, mas cautelosamente para não fazer barulho. O rato entrou no quarto.

Fiquei desesperada, eu tinha muito medo de rato (meio irônico para quem o pai tem ratos de estimação)! Então tentei tirar ele dali fazendo ele flutuar e levando ele para fora do meu quarto. Coloquei ele no chão e fechei a porta rapidamente.

"Bom, acho que saiu e deve ter ido embora. Não vou mais abrir essa porta até quando o povo da casa acordar."

Depois de terminar de comer a minha arepa, subo a escada até a minha cama para poder me deitar. Me deitei, e a minha cama parecia mais confortável. Pego o meu radinho para olhar a hora que era. Eram 04h00.

Com certeza essa vai ser a pior rotina de sono da minha vida. Minhas olheiras ficariam mais escuras do que já eram, e iria virar chacota de alguém. Imagina se, sei lá, meu pai aparecesse do nada, qual seria a reação dele ao me ver daquele jeito?

De repente meus olhos começam a ficar pesados, fui me aconchegando na cama, fechando os olhos, e adormeço...

~~~

(N/A: Oi de novo! Desculpa se esse capítulo ficou meio curto. O último teve 2000 palavras, esse só teve 500. Na próxima irei fazer maior, já que será o dia da Isabela. Obrigada pelas 10 leituras do primeiro capítulos, vocês são demais (é pouco, mas pra mim é tão especial)! Como agradecimento, no próximo capítulo irei colocar um desenho da aparência da Marisa! Obrigada por lerem :D)

Papá y yoOnde histórias criam vida. Descubra agora