04|Telefone.

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O QUE você tá pensando? — Mariana perguntou, encarando a ruiva que estava olhando para o teto do seu quarto, deitadas na sua cama.
Sadie suspirou.

— Em como as coisas mudam rápido demais.

— Como assim? — Arqueou as sobrancelhas, apoiando o cotovelo no colchão.

Asel a encarou.

— Nós duas eram apenas melhores amigas, até que do nada começamos a ter alguns... Como posso dizer? — Se questionou e Gomez riu. — Alguns momentos intrigantes e quentes. E agora estamos em uma espécie de amizade colorida se posso nos definir assim.

Mariana voltou a apoiar a cabeça no colchão, soltando um riso nasal.

— É, realmente é louco. Mas eu gosto de está aqui com você, Sadie. — Comentou, olhando bem fundo nos olhos dela.

Um silêncio ficou entre as duas por alguns segundos.

— Eu também, Mari. — Sadie deu um sorriso de canto. Gomez passou a mecha solta ruiva da garota atrás da orelha, e depois deslizou delicadamente os dedos pela bochecha até os seus lábios vermelhos.

Sadie se arrepiou com o seu toque e fechou os olhos por alguns segundos, aproveitando as carícias que a loira lhe proporcionava. Logo Mariana se aproximou e seus lábios se tocaram.
Sadie colocou a mão na cabeleira loira, puxando-a, intensificando mais o beijo.

Gomez se afastou.

— O que você pretende fazer com isso hein? — Perguntou com malícia, fazendo Sadie sorrir safado e elas grudaram novamente suas bocas.

Gomez deslizou a mão debaixo do top verde da ruiva, agarrando seu peito esquerdo enquanto Sink apertava a sua bunda. Mari subiu em cima de Sadie, e ainda com os lábios colados, tirava a sua calça e depois sua blusa; e de joelhos, começou a tirar a roupa com os olhos conectados no dela. Depois puxa-a para si, fazendo ela ficar na mesma posição que estava.

Deslizando a mão pelo corpo da ruiva, chegou até a sua calcinha vermelha e começou a esfregar seus dedos por cima do tecido que estava molhado, fazendo ela soltar gemidos baixos. Adentrou a calcinha e tocou sua buceta úmida e quente, começando a mastuba-la. Sadie fez o mesmo com ela, gemendo entre o beijo.

E quando ambas estavam chegando em seus ápices, o celular de Mari tocou, interrompendo o momento quente das duas.

Sadie revirou os olhos, sentando na cama e colocando a almofada em cima das pernas , já Mariana estourou as bochechas, caminhando até a mesinha onde estava o seu aparelho para ver quem era que estava ligando.

— É Bernardo. — Respondeu, clareando a tela do celular que estava escura. — Ele disse que chega daqui há 10 minutos para irmos lá no restaurante com os amigos dele. — Encarou de novo a ruiva. — Você precisa ir.

— Ah. — Foi a única coisa que Sadie antes de vestir suas roupas e ir embora. A ruiva sabia quem era o cara porque a amiga já o apresentou. Ele e Mariana tiveram um rolo já algum tempo, bem antes dessa loucura acontecer entre as duas, então Asel já estava acostumada de não ter o tempo que desejava com a sua crush/melhor amiga - mesmo que isso quebrasse seu coração.

Sadia caminhou pelas calçadas esburacadas, com uma expressão de quase choro e foi até a casa da sua amiga Sophie, tocando a campainha.

Logo uma guria de careca ruiva apareceu na tua porta, usando pijama de vaquinhas, acompanhada com uma garota negra de pele clara, de aparência negroide e médios cachos, vestindo a mesma roupa que a californiana - Sara Reis, namorada de Santana.

— O que houve? — Perguntou, com uma cara de sono. Era duas horas da tarde.

Sadie encarou os pés.

— Mari marcou de ir no restaurante com Bernardo sem me avisar, agora não tenho mais o que fazer no sábado.
Sara olhou para a namorada que fez uma cara de quem estava entendendo alguma coisa.

— Ok, entra. — Confirmou, deixando uma abertura pra ela passar.
Asel sorriu e entrou na casa.

•••

Sophie pegou mais um salgadinho.

— Então pera aí, deixo ver se eu entendi: vocês duas estão tendo encontros sexuais desde o início do ano e só agora, quando ver ela mais próxima do outro lá, tu percebeu que realmente gosta dela?

Asel assentiu, pegando mais um cheetos.

— Por que a surpresa?

Antes mesmo de Sophie responder, Sara já falou:

— Desde que eu e Sophie comecemos namorar e conheci vocês, você sempre encarou ela com aquele olhar apaixonado. Mas acho que tu mesmo já sabia que gostava dela na época, só não queria admitir e perder a amizade com ela. — Comentou.

— É sério? Estava tão na cara assim?

— Óbvio! — Falaram em uníssono.
— Até os pombos brasileiros sabem disso! - Ironizou Sophie. Sadie revirou os olhos.

— Não duvidaria disso, sou tão transparente com o que sinto. — Comentou, com o olhar vago.

— Asel, tu não acha que é melhor contar pra ela o que tu sente? Pode até perder a amizade, mas pelo menos está sendo sincera. Guardar esse segredo só vai te machucar.

Sadie deu de ombros.

— Cês acham que isso vai funcionar?
Sara e Sophie se encararam.

— Sim!

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