Dongmu Dongji

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Chapter V

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JIYEONG

Conservadorismo, a história não tão fictícia da Rapunzel e assassinato de legítima defesa.

Há diferença? Eu não vejo muita, pois todos estes elementos estão quimicamente interligados para resultar no meu desejo de ir à festas com luzes eletrônicas que cintilam a ponto de causar epilepsia, drogas alucinógenas que me façam escapar da realidade e música alternativa que faça meu coração bater e dançar junto ao ritmo.

Como já dizia Bohnes, eu deveria estar na igreja mas eu estou... fazendo uma lasanha? Não, não era isso! Droga, eu esqueci a letra! Era... eu estou com raiva e passando o carimbo? Ou era... eu estou saindo em um domingo? Enfim! Algo similar à isso. A questão é, viver o presente em vez de desperdiçar seu tempo se preocupando com existências futuras que talvez não aconteçam.

Eu acredito que em relação à humanidade, muitas pessoas estão existindo, mas apenas poucas estão vivendo. E eu faço parte da minoria.

Desde as fatalidades que ocorreram na minha família e toda minha experiência no reformatório, eu não diria que algo mudou dentro de mim, mas sim que desencadeou uma nova perspectiva de realidade onde eu aprendi a deixar de temer a morte. Não sei identificar se isto é uma virtude positiva que me permite ser livre ou se é uma maldição que ironicamente está me matando por dentro e criando um enorme vácuo onde minhas emoções não existem mais. Provavelmente ambos.

Pelo lado legal, irado e incrível da parada toda, eu não tenho ninguém para me responsabilizar ou para regular o que eu posso ou não fazer, se eu quiser colocar um piercing na língua ou no meu sexo, eu posso!

Ah, espera... acho que isso é só ser adulto.

Mas eu também não penso duas vezes antes de aceitar uma oportunidade e testar todos os limites possíveis de uma situação, até mesmo se os riscos forem mortais, porque não tendo nada que me prenda à este mundo, eu não sinto medo de almoçar um bom kimchi ou ramen com a senhorita Morte, na verdade, eu ficaria muito feliz em poder dizer que estou morta.

É até irônico e profundo pensar que, eu estou vivendo intensamente porque quero deixar de viver.

Contudo, pelo lado obscuro e deprimente deste círculo cúbico, é que eu me sinto... extremamente sozinha.

Pois além do ambiente familiar bárbaro e pavoroso em que eu costumava morar, eu era bastante incompreendida por todas as outras crianças e adolescentes durante meus anos de escola, o que é deveras reflexivo dado em conta que eu sempre fui rodeada de pessoas que diziam gostar da minha companhia, que eram gentis em comentar como eu era engraçada, divertida e completamente maluquinha. Porém, não é porque sempre havia uma aglomeração em torno de mim para me ouvirem ditar as regras de uma brincadeira ou me escutarem contar alguma história engraçada que eu criava por improvisação, que todos eram meus amigos. Não é porque uma pessoa é incrivelmente extrovertida e demonstra estar sempre sorrindo e se divertindo com seu grupinho de adolescentes que saem para irem juntos ao shopping, que ela está de fato feliz.

Swand, eu só queria querer alguma coisa mas eu nem sei o que eu quero querer.

Um propósito e sonhos para seguir, foi o que eu falei.

— No quê está pensando, estrelinha? Você nunca cala a boca por tanto tempo. — Saebyeok comentou. Com sua despojada posição das mãos nos bolsos da jaqueta e a habitual aparência inexpressiva de quem poderia apunhalar alguém apenas com seu olhar, o que eu particularmente acho muito excitante.

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