Capítulo 2

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Cheryl queria gritar de tanto nervosismo e Toni a encarava sem saber o que fazer. Os olhos verdes pareciam ansiosos e encaravam a latina com que misto de admiração e ansiedade. A única coisa que se passava na cabeça da latina era: O que ela faz aqui?

– Que coincidência, não?

Toni queria sair correndo daquele banheiro, agarrar Teddy pelo braço e fugir daquele restaurante. Com tantos lugares no mundo para aquela mulher ir, ela tinha que ir justamente ali? Londres era uma cidade tão grande, por que o destino tinha que ser tão cruel com ela e fazê-la esbarrar com aquela mulher?

– Você não me ligou. – Cheryl se aproximou de Toni que recuou dois passos. A ruiva franziu o cenho. – Com medo de mim? – Toni engoliu a seco e tentou se controlar. Não podia perder a compostura na frente dela e se mostrar abalada pela presença dela ali.

– Eu mal te conheço. – A ruiva arqueou a sobrancelha. – Fora que logo depois que saímos da galeria, meu trabalho me consumiu, não tive muito tempo para te ligar. – Toni respondeu omitindo o fato de que realmente não queria ligar para ela por se sentir meio intimidada por ela.

– Entendo. Acredito que o destino quer que a gente se conheça. – Cheryl abriu seu maldito sorriso charmoso que fez Toni deter um suspiro.

– O que faz em Londres? – A latina perguntou curiosa. Cheryl ficou momentaneamente nervosa. Não podia revelar a verdade e dizer que estava em Londres unicamente por causa dela.

– Tive alguns compromissos profissionais aqui. – Toni assentiu um pouco duvidosa. – E a senhorita? – Devolveu a pergunta como se já não tivesse a resposta.

– Compromissos profissionais também. – Respondeu igualmente misteriosa. Cheryl sorriu.

– E o que faz da vida além de ser oradora de arte, Srta Topaz? – Cheryl voltou a se aproximar e dessa vez Toni não recuou.

– Sou editora-chefe de uma editora de livros. – Cheryl fingiu surpresa.

– Uau! Eu adoro ler. Sou amante de artes e leituras. Meu autor favorito já morreu, mas tenho alguns novos. – Toni abriu um sorrisinho. – Tenho uma biblioteca particular em casa. – A latina revirou os olhos pensando "É claro que tem". – Está convidada para conhecê-la se um dia quiser.

– Sim, é claro. – Cheryl sentiu o deboche na voz da latina e sorriu achando divertido.

– Bom, acredito que estou interrompendo seu almoço, certo? – Toni checou as horas e viu que estava ali naquele banheiro a mais tempo do que o normal. – Sinto muito, Srta Topaz. A senhorita tem o meu cartão, se ainda estiver interessada em me conhecer como Cheryl sinta-se a vontade para me ligar. Estou completamente disposta a me apresentar e a conhecê-la como Antoinette, longe dos holofotes ou do que a mídia fala. – Cheryl abriu um sorriso e pediu licença antes de se retirar.

Ela voltou para sua mesa. Rob lançou um olhar inquisidor para a chefe que piscou para o segurança que ficou sem entender. O pedido de Cheryl já havia chegado. Ela degustou seu vinho e comeu em pouco tempo. Toni retornou a mesa e distraída do jeito que era não notou que Cheryl estava sentada bem ao seu lado. Em pouco tempo ela e Teddy também fizeram os pedidos e comeram entre conversas. Cheryl e Rob não ficaram para a sobremesa. A empresária pagou o almoço e pediu que o garçom oferecesse uma taça de vinho para a latina em seu nome, assinou um cartão e novamente colocou seu número de celular pedindo que ela entrasse em contato.

– Desculpe senhora. – Toni olhou para o garçom que estava com a taça. – Pediram para entregar em sua mesa. – Toni franziu o cenho.

– Mas eu não pedi outra taça.

The Destiny Of LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora