Capítulo 19

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As duas semanas que Toni precisou para fazer a estimulação ovariana e a indução da ovulação passou rapidamente e durante esse tempo a morena tentou ao máximo controlar sua ansiedade e focar no trabalho, em Mia e em seu papel como esposa de uma empresária de sucesso. Nas duas semanas ela tomou os medicamentos que Petra receitou, fez os exames de ultrassom para acompanhar o desenvolvimento dos folículos e participou de alguns eventos da companhia BL e da editora.

– A consulta é amanhã, como você está se sentindo? – Rob perguntou quando serviu o salmão grelhado para Toni.

Somente os dois estavam jantando naquela noite de outono. Cheryl e John estavam em um evento da companhia e chegariam tarde, Mia estava dormindo depois de muito choro e manha por causa da ausência da empresária.

– Um pouco ansiosa não vou negar. – A morena assumiu servindo um pouco da salada. Ele assentiu sentando-se com ela.

A última ultrassonografia de Toni havia sido pela manhã e Petra constatou que os folículos haviam atingido a quantidade e o tamanho perfeitos para a inseminação. Ela agendou então o procedimento para o dia seguinte, exatamente vinte e seis horas depois de ter aplicado uma injeção de hCG na morena. A injeção do hormônio iria induzir a maturação ovariana e a ovulação ideal para o encontro do espermatozoide com o óvulo, e assim acontecer à fecundação.

– Não precisa ficar, vai dar tudo certo. – Rob colocou sua mão por cima da mão da morena apertando com força medida.

– Obrigada pelo apoio, Rob. – Ele sorriu lançando uma piscadela para ela. – Aliás, o salmão ficou perfeito.

– Obrigado.

Os dois jantaram conversando coisas triviais. O segurança tentou distraí-la o máximo que pode tentando não tocar no assunto da inseminação e muito menos gravidez para não deixá-la mais ansiosa do que já estava. Depois do jantar, Toni ajudou o homem a lavar e secar as louças e depois se recolheu em seu quarto. Leu alguns capítulos do livro que estava em sua cabeceira e acomodou-se na cama tentando pegar no sono. Rolou de um lado para o outro na cama e não pregou os olhos até que o relógio marcou meia-noite e sua esposa chegou.

– Chegou tarde. – Cheryl quase teve um infarto tamanho o susto que levou.

– Que susto da porra você me deu, Toni. Achei que já estava dormindo. – Cheryl havia retirado os saltos na sala para entrar no quarto sem fazer barulho para não acordá-la. – Por que não está dormindo? É tarde. – A ruiva acendeu o abajur do seu lado da cama, mas Toni acendeu a luz iluminando o quarto inteiro vendo Cheryl usando um belíssimo vestido preto.

– Não consegui dormir. – A ruiva arqueou a sobrancelha.

– Nervosa? – Toni assentiu sentindo as bochechas corarem. Odiava como Cheryl a conhecia tão bem. A ruiva retirou o vestido ficando apenas com a lingerie também preta. – Por quê? Você fez tudo direitinho, vai dá certo amanhã. – Sentou-se na cama acariciando os pés da esposa por baixo do edredom branco.

– Eu sei, mas é impossível controlar a ansiedade, Cheryl. Você me conhece. – Cheryl assentiu subindo o carinho para as panturrilhas. – O que está fazendo? – Toni perguntou sentindo as mãos da esposa subirem para um pouco acima das panturrilhas.

– Tentando te relaxar. – Cheryl disse maliciosa.

– Você não tem vergonha não? – A ruiva gargalhou. – Vai tomar banho. – Cheryl retirou as mãos da esposa e se colocou de pé.

– Você podia vim comigo, sabe? Preciso de ajuda para lavar as costas. – Toni levantou a sobrancelha encarando a esposa com um olhar sugestivo.

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