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No caminho para seu destino,embora apressado ele pensou na garota que acabou de conhecer, não entendia aquele sentimento de familiaridade.

Ele se repreendia por ter olhado para ela, principalmente por ter se sentido nervoso e envergonhado. Já havia visto mulheres antes,mas sempre foi firme e nenhuma o abalou daquele jeito, ele não se renderia ao pecado.

Deus era dono de seu coração,da sua alma, vida e destino. Era a ele a quem deveria estar seus pensamentos, sabia disso,e com esse pensamento tentou ignorar o que aconteceu.

Chegando na Catedral quase correndo, é abordado por outro Sacerdote.

- A paz irmão! Você está atrasado,mas ainda não é a vez da sua igreja.

- A paz! Ainda bem.. Fiquei preocupado pôr ter sido a nossa vez e eu estar fora.

Cumprimentou o homem,se acalmou e respirando seguiu na companhia dele para o templo atrás da Catedral,o lugar dos tributos.

- Não se preocupe, todos explicaram que você estava ajudando uma criança perdida! Ela está bem?

- Sim, está sim. Encontramos sua irmã,e a deixei aos seus cuidados. Agora é melhor eu ir, obrigada pela preocupação!

Disse se afastando e encontrando os outros de sua igreja, que o perguntarem sobre a criança,e ficaram aliviados ao saber que encontraram o responsável,e logo se prepararam para entregar os seus tributos.

Embora a garota voltara em sua mente enquanto respondia a todos, ele controlou sua expressão facial e a afastou novamente se focando em Deus e sua oferenda daquela noite.

Um tempo depois foi a vez deles, se dirigindo ao centro do templo todos se ajoelharam enfrente a imagem gigante dele. Deram as suas preces,se curvaram até o chão em respeito,e então começando por Jeluc cada um se levantou em ordem indo até a estátua e deixando seu tributo aos pés dela junto aos outros.

- Parabéns irmão, Deus está vendo seus feitos. O céu com certeza será o seu lugar,pelo seu coração bom!

Disse o único Arcebispo a Jeluc quando foi sua vez,que se abaixou em respeito as pessoas em posição maior que a sua.

- Não sei há que devo parabenização senhor!

Respondeu mantendo o olhar baixo.

- Sim, ele está certo. Sabemos que chegou atrasado após ajudar uma criança, o Império seria muito melhor se houvesse mais pessoas com o coração como o seu meu filho!

O Papa completou ao lado do Arcebispo,com um sorriso no rosto e voz serena.

- Obrigada Vossa Graça! Mas sou apenas um filho de Deus, minhas ações são ações da Igreja, tudo é o que me foi ensinado!

Disse respeitosamente, embora não se sentiu ofendido por ser uma pessoa do Império, mais precisamente um nobre filho de um dos duques, ao qual tinha em mente que era dessas pessoas a qual o Papa dizia.

- Você nos lisonjea, Sacerdote! Que siga em paz, se cuide!

O Arcebispo se dispôs a responder,e Jeluc se curvou novamente, se retirando e esperando por seus companheiros.

Com tudo pronto,todos se dirigiram para a Igreja deles, chegando lá tarde da noite, cada um foi para seu quarto descansar, levando em conta que comeram por lá.

O cardeal Rur passou,e ele o chamou, entregando sua bolsa com dinheiro e pedindo para ele guardar no escritório.

- Senhor! Vejo que está faltando algumas moedas.

- Sim, teve um pequeno incidente com a irmã do Arth.

- Incidente? Que incidente?

- Seu vestido foi rasgado ao trombar com um mercenário, então comprei uma capa para ela..

Rur assentiu e se foi, enquanto Jeluc seguiu para seu quarto, entrando e fechando a porta a chave,antes de sentar na cama e passar a mão pelo rosto suspirando,e em seguida desamarrar o cabelo.

Inconciente ele pensou na moça misteriosa que fora de confessar e comparou com a irmã do garotinho.

- O meu Deus!

Exclamou ao perceber algo,elas tinham o mesmo olhar, uma escuridão atraente que parece estar chamando por você, além de dizer o mesmo na hora de despedir, não poderia ser coincidência, impossível!

Se levantou e trocou sua roupa,pela mais confortável de dormir,embora não achasse que fosse conseguir dormi,ainda mais com esses pensamentos sobre elas serem a mesma pessoa.

Ele se deitou e continuou pensando e se repreendendo por sempre vir a mente a lembrança da perna dela, da sensação quente de olhar nos olhos dela,na preocupação excessiva com a moça misteriosa,e com esses pensamentos acabou pegando no sono pela primeira vez em dias. Ele estava mesmo muito cansado!

Dormia calmamente,quem o visse ali não imaginaria o que estava passando na cabeça dele,ou melhor em seus sonhos..

Ele sonhava que estava na Igreja, no altar precisamente se preparando para a missa, quando uma mulher, ela, a moça do mercado entra em um vestido preto reto mostrando as curvas se seu corpo com uma fenda na perna esquerda começando bem em cima, mostrando sua coxa,joelho, anteperna, calcanhar....

Até chegar em seu pé,que estava em um salto de mesma cor elegante. A fenda mostrava e mostrava cada vez mais de suas pernas e curvas enquanto ela andava em sua direção.

Com lábios vermelhos sangue,e olhos abismais atraentes,e seu cabelo solto balançando em casa passo que dava mais próxima a ele.

Que estava parando sem reação, não conseguia se mexer,nem dizer nada, só respirar pesadamente enquanto seu coração batia rápido no peito,e seus olhos a olhavam de baixo a cima cada movimento.

Sem cerimônia ou respeito,ela subia altar e caminhava até ele,ficando cara a cara, olhando para o alto, fundo em seus olhos que tremiam sentindo o tamanho pecado, sentindo o toque suave dela em seu rosto, passando os dedos em seus lábios tremios, alternando seu olhar neles e em seus olhos azuis.

Fascinado, encantado pela mulher ele se sentia assustado tentando desesperadamente sair de seus toques,mas seu corpo não mexeria como ele queria, até se mexer e seu corpo acompanhar o movimento e cair para trás,sentando aos pés dela.

Que o olhou de cima ,lhe causando arrepio, dando a mão em seguida para o ajudar a levantar,e novamente sem controle pelo corpo entregou sua mão a ela,que o ajudou a levantar e o puxou guiando até o confessionário,onde o empurrou para dentro.

Em seguida se ajoelhando, apoiando os braços em seus pernas, jogando todo o cabelo para trás, respirando pesadamente e de um jeito malicioso passou a língua dos lábios, enquanto o olhava com grande prazer, levando as mãos por baixo da  sua bata,e subindo lentamente arrepiando a pele dele.

Que seguia tudo com os olhos ficando mais nervoso e agitado cada vez mais, a ponto de prender a respiração ao se sentir quente e excitado com a visão.

Fechando os olhos,em um gesto de se controlar,e tentar evitar aquela sensação, sentiu ela se apoiar em seus joelhos enquanto levantando uma mão ao seus rosto.

- Olhe para mim, Sacerdote...

Com a voz doce e provocante, falando calmamente e baixo, sentindo a respiração dela perto da sua,ele não conseguiu evitar e abrindo os olhos,a encontrou com o véu no rosto, a moça que viera se confessar, com aqueles mesmos olhos negros seduzentes e brilhantes o encarando, enquanto passava a língua novamente nos lábios sorrindo diabolicamente feliz em seguida.

- Ah! O meu Deus! Me perdoe!

Se levantando em um pulo, assustado Jeluc falou alto, mas não o suficiente para alguém ouvir. Seu coração batia rápido e ele tremia,e embaixo,seu membro  estava molhado,quente e duro.

A Princesa InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora