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Era o dia seguinte, e o Sacerdote,havia acordado de um jeito não muito bom. Estava com uma aparência fadigada, seus cabelos sempre impecavelmente alinhados, estavam bagunçados, ele possuía um rosto cansado, com seus incríveis olhos azuis cristalinos como o céu de um dia sem nuvens, para baixo,mas ainda gentis.

Vestido com sua bata, ele não tinha fome, pulou o desejum, e foi direito para a catedral arrumar alguma coisa para a próxima missa.

- Sacerdote? Estas bem?

Um dos ajudantes dos Padres o perguntou ao se encontrarem no corredor.

- A paz irmão! Sim, estou bem, obrigada pela preocupação.

Ele respondeu com um sorriso, era sempre simpático com todos, um exemplo.

- Tens certeza? Está com uma aparência preocupada..

O ajudante estava mesmo preocupado com o Sacerdote,o homem ao qual sempre estava a disposição de quem fosse, estava apresentável e ajudando todo mundo, pela primeira vez parecia acabado e deprimido.

- Sim, eu apenas não dormi muito noite passada, estava em vigília com Deus. Isso é tudo! Eu agradeço pela preocupação e Deus vê seu ato sincero irmão.

- Isto é muito bom Sacerdote, eu agradeço! A Paz!

O ajudante então sorriu, se curvou para ele , seguindo seu caminho. Enquanto ele seguia seu próprio caminho, sentindo o peso da noite anterior em seus ombros, e sentindo seu coração fraquejar diante da sua mente que sempre trazia a jovem sem nome para sua memória, e ele, se repreendia mentalmente.

Naquela manhã, Lyri estava se sentindo feliz, o que a fez dormir um pouco a mais, sendo acordado por um peso e balanço em sua cama.

- Irmã! Irmã! Acorda... Por favor...

Ouviu a voz de seu irmão pequeno. Incrivelmente ele a amava naquele palácio, e ela sentia aquilo emanando dele, a criança filho caçula da Rainha concubina Sula.

- Arthuro... deixe me dormir mais um pouco, se quiser deite-se comigo.

Ela se mexeu tentando não acordar ainda, queria aproveitar esse momento, e esse sentimento que estava sentindo.

- Mas irmã, aquela bruxa noiva do irmão mais velho está aqui! Ela me pegou fugindo da aula, e agora quer me forçar a voltar...

Não se sabia o que ou por quê, mas ela sentia que devia proteger ele, como sentia com o Sacerdote. Talvez por ele a lembrar de Jeluc com seus olhos azuis brilhantes e inocentes. Sua prioridade sempre seria o atual Sacerdote, mas seus irmão Fredinan e Arthuro, e sua mãe a Imperatriz, ela se simpatizava com eles.

- Ela quer fazer o quê, Arthuro?

Ela respirou fundo, não gostava daquela garota, sabia o que ela queria e como ela era. E também sabia que não podia a matar.

- Ela tá atrás de mim, querendo me forçar a voltar a aula...

Suspirou fundo, abriu os olhos e se sentou na cama, vendo Arthuro sentado ao seu lado nela com os olhos vermelhos de chorar, a olhando como sempre, com admiração, amor e entusiasmo, o que sempre a lembrava de um cachorrinho filhote, a fazendo se divertir.

- Venha aqui.

Ela abriu os braços para ele,que se aproximou a abraçou. Era um sentimento estranho que não entendia muito bem, mas ela não conseguia ser indiferente a ele, então o retribuiu o abraço afagando seus cabelos, enquanto tinha um olhar gentil naquela escuridão ocular.

- Está tudo bem Arth. Agora me diga, por que você chorou?

Ele ficou desconfortável, era visível para ela, que o olhou e viu ele olhando para baixo, evitando o olhar dela.

- Arth, me diga, não minta para mim, certo?

Ela o afastou, e olhou para ele, o mais gentil possível, que encheu os olhinhos de lágrimas, e levantou a manga de um dos braços.

- A bruxa, irmã... Ela me segurou quando sai e encontrei com ela, eu me soltei dela, e corri, mas ela veio atrás de mim..

O braço dele estava vermelho e tinha umas marcas, ela se controlou pois estava na frente dele, então o abraçou novamente olhando para fora, que os serventes presentes no quarto sentiram calafrios.

- Sente-se no divã, e espere me arrumar, viu Arth?

Ela o pegou no rosto com as mãos e o fez a olhar, que lhe deu um sorriso e foi retribuído com outro e olhos brilhantes de felicidade do menino.

Ela não seguia rotina,apenas de manhã que sempre ia para o campo de treino,e as vezes a noite também. Suas empregadas deixavam a roupa sempre preparada, e as coisas para o banho matutino.

Ela saiu do lavabo vestida, com calças, blusa social, e o colete por cima, em cores escuras, seu cabelo estava em rabo de cavalo, e já o tinha tingido.

- Arth? Estou pronta, vamos?

Chamou pelo pequeno adormecido, que abriu os olhos brilhantes e se levantou alegre.

- Você está linda irmã!

Disse se apressando e entregando a ela sua espada. Feita de 1/3 de ferro e 2/3 de titânio, ela brilhava fora de bainha, onde tinha rubis cravejados. Que a pegou encaixando o cinto preso na cintura e seguindo o menino.

- Não corra Arthuro!

O gritou, que parou e a ficou esperando se aproximar, a dando a mão assim que chegou mais perto.

- Irmã?

Ele chamou, estavam caminhando para o campo de treinamento.

- Sim?

Lyri voltou sua atenção para o menino, que ficava mais encolhido cada vez que se aproximava mais.

- A bruxa vai está no campo?

Maldita! Ela estava controlando sua aura, e controlando a raiva que estava da garota, enquanto pensava em várias formas de a matar, que seriam eficientes. Odiava o jeito que seu irmãozinho ficava por conta dela, e aquilo não tinha perdão.

- É provável!

Suspirou, tentando lidar com a situação, não poderia ser violenta na frente dele,pelo menos não tanto como costuma ser.

- Mas a irmã está aqui. E ela vai fazer a bruxa ir embora, pode ser um caminho sem volta!

Sorriu tranquilizando a criança, que não sabia o pôr trás de suas palavras. Chegando no local, ela logo avistou a noiva de Fredinan, que estava andando atrás dele e o chamando, enquanto tentava ir treinar.

- Arth. Vá pegar uma espada de madeira, o irmão mais velho, vai treinar com você, e a irmã vai depois, tudo bem?

Lyri pediu ao garoto, se abaixando e ficando na altura dele, que concordou e saiu correndo, enquanto ela se levantou e caminhou tranquila em direção a eles.

- Luci! Volte para casa. Está cedo, e está atrapalhando meu treino. Venha mais tarde..

Fred tentava convencer a jovem, era visível que estava desconfortável, quando viu a sua irmã, sua expressão teve uma suavizada, e seus olhos imploravam para ela o livrar.

- Luci Erdriq.

A chamou, que se virou e afastou um pouco, com os olhos enojados a olhando de cima a baixo.

- Vamos conversar.

A Princesa InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora