Para um aniversário incrível

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Cher

Chegou o meu dia favorito do ano, dia 25 de Dezembro que para a maioria do mundo é Natal. E vou ser sincera, essa é a minha época favorita, porque as pessoas de Manhattan se vestem adequadamente bem para os dias que a temperatura chega a ser -10°. Ver o Central Park braquinho e também a imensa árvore de Natal na Rockefeller Center, no coração da cidade. As casas enfeitadas e o cheiro de chocolate quente em todas as cafeterias de New York.

Depois que eu fui ate o meu antigo loft com o Sebastian doar os pertences do bebê, jantamos numa pizzaria que fica no centro, eu aproveitei e desabafei com ele sobre tudo que eu senti e o que sinto ainda ja que isso foi um exercício proposto pela minha psicóloga (e claro eu so iria fazer ele quando eu estivesse preparada, e adivinhem? melhor momento para fazer isso era ali.)

Alguns dias atrás...

— Então Cher, faltam alguns dias para o seu aniversário... hum - ele bebe um pogo do drink de vanilla. - Vai fazer algo?
— Sim! se tiver snowday vou ficar trancada em casa - olho ele.
— Mas você não vai passar o Natal na sua mãe? - ele diz me olhando e coça a garganta.
— Sim só que normalmente eu vou pra la a noite eu não ajudo a tarde porque a dona Ceci contrata uma equipe pra fazer a ceia e a nova decoração de natal e é assim desde que me conheço por gente, nos só montamos a nossa árvore sempre juntos em família e o resto a madame prefere contratar a equipe dela - rio e o coço o nariz.
— Entendi então se tiver snowday você vai ficar no seu loft? - ele diz dando um sorriso.
— Sim Seb! Ai sabe eu amei passar esse dia com você, embora, o que a gente tenha feito foi um pouco triste mas certeza que fizemos outras famílias felizes!
— Claro, claro... e eu também amei passar esse tempo com você - ele pega na minha mão que estava sob a mesa e acarecia o dorso dela.
— Que bom que estamos bem ne - sorrio ao ver ele fazendo carinho na minha mão.
— Sim, eu ate poderia dizer para voltarmos... ãh mas eu não sei se você quer, porque eu quero e... e também a minha psicóloga disse que deveríamos recomeçar - ele diz me olhando com aqueles olhos azuis que eu me perco facilmente.
— Sim... a minha disse o mesmo afinal, se passaram quase um ano de tudo e se eu fosse você trocava de confidente hein! A Lia me conta tudo - ele ri e coloca a mão nos rosto e naga com a cabeça.
— Oh Deus! fizemos ate um acordo - rimos juntos - Ok então ela te contou tudo?
— Ate os detalhes - bebo o meu drink.
— Certo, a Lia vai ver só - rio - vou aprontar uma com ela!
— Pobre do Joshua, vou pedir pra ele correr desde hoje ja! - rio.
— Ai verdade ela esta namorando né? ela vive me mandando fotos e eles fazem até ligação por vídeo comigo - ele sorri.
— Sim, e eles estão tão felizes - sorrio olhando ele.
— Bem vamos indo? ta ficando bem frio - digo passando as mãos uma na outra fazendo atrito.
— Claro, eu pago... tudo bem ne? - ele me olha ja de pé.
— Claro, vai la! - rio e me levanto ficando de pé também e colocando o meu casaco e a minha touca. Logo vejo o Sebastian voltar e ele estica a mão e ficamos com elas entrelaçadas e saimos do estabelecimento.
— Quem vê pensa! - digo a ele.
— Ei, mas ainda somos - ele me olha
— você é tão insistente parece a Lia - olho ele.
— Jamais perderia você novamente, eu aprendi nesses messes longe que a minha vida é contigo e se tu não exerga isso, eu posso pedir pra por um outdoor na frente da sua janela da sala pra você enxergar! - ele diz e da uma risada.
— Você é um bobo Sebastian Stan - rio e andamos de mãos dadas por mais umas quadras e logo estavamos frente a árvore de Natal na Rockefeller Center. Estava muito frio e a neve estava começando a cair, eu e Sebastian ficamos admirando a arvore e as luzes que piscavam.

O mundo parou ali, eu gostaria que a minha mente congelasse esse momento pra sempre ele estava concentrado olhando a árvore e eu tirei a minha concentração e fiquei admirando o seu perfil perfeito, sua barba rala, seus cabelos curtos. Ele finalmente virou seu rosto e me olhou, trocamos nossos olhares mais sinceros e nele eu vi o seu perdão no mar azul dos seus olhos, senti sua respiração perto da minha e depois sentir seus lábios. Iniciamos nosso beijo calmo e com saudade agarrei sua nuca e ele colocou uma das suas mãos no meu maxilar. Nos beijamos ate o ar faltar em nossos pulmões e com as nossas testas coladas sorrimoos um para o outro um pouco ofegante, ate que ele quebrao pequeno silêncio.

Para o cara de Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora