Shinjuku, Tóquio
Satoru havia acabado de sair da Jujutsu e se apressou para Shinjuku. A entrada da Nekojire (padaria pouco conhecida que fazia doces maravilhosos) já estava quase sendo desligada quando Gojo saiu correndo até a porta e praticamente implorou ao dono para que ele escolhesse alguns dos produtos – e conseguiu entrar depois que o coitado do gerente desistiu. Se Utahime não tivesse entregado milhões de tarefas para fazer talvez ele não estivesse andando na chuva com uma sacola cheia de sobremesa para os gêmeos. Gojo até poderia se teletransportar para frente de casa ou até para dentro dela, mas, optou por andar em pleno temporal e tirar um foto para fazer Utahime se sentir culpada. E, claro que isso não aconteceu.
[Foto enviada] 18h09min
Você me atrasou e agora estou na chuva.
(mensagem lida ás 18h34min)
Utahime chata
Vai se fuder, idiota.
Por que me trata tão mal? T-T
(mensagem lida ás 18h40min)
Utahime chata
Continua me mandando mensagens e eu te espanco até não conseguir mais andar;
Queria ver você tentar.
(mensagem recebida)
Ele solta um suspiro triste e continua a andar, pega um dos fones de dentro da caixinha e conecta o Bluetooth, escolhe uma das músicas que o Itadori baixou e sorriu. A melodia calma preenchia toda a mente de Gojo enquanto ele apenas fechava os olhos relembrando o porquê decidira entrar numa escola de feiticeiros babacas. Desde que tomou custodia dos meninos parecia que havia um propósito maior que ele, Gojo deveria dedicar toda sua vida á proteger e cuidar daqueles gêmeos. Mesmo sabendo que em algum ponto iria ter que introduzir esse mundo terrível a eles – principalmente ao Sukuna que teria que carregar o fardo de ser reencarnação de uma maldição ridiculamente poderosa. Não que Gojo perderia alguma vez para o Sukuna, ele sabia com convicção que o poder de Sukuna não era páreo para ele, não queria de nenhuma maneira ter que machucar, ou pior, matar uma pessoa com a qual se importa tanto porque ele não conseguira ajudar. Os chuviscos lentos indicavam a parada da chuva, Gojo prestava atenção nos carros que passavam e as docerias que continuavam abertas cheias de casais felizes aproveitando a chegada impertinente do inverno quente (?), era quase impossível não notar também os solitários por escolha (ou não), eles raramente entravam em docerias, sempre estavam em cafeterias com seus laptops ou livros (kindle, Gojo odeia kindle). Ele já estava em frente à entrada da estação de trem que teria de pegar, quando percebeu que estava sendo seguido, na verdade, ele vinha sentindo olhos desde que saiu da doceria. Desceu as escadas após pegar um ticket e mesmo que o aquele fosse o trem das seis e o único que o levaria direto para o bairro certo, Gojo esperou que todas as pessoas entrassem e o trem partisse.
"Eu sou tão intimidante assim que não consegue chegar perto?" Claro que ele não iria soltar os doces no chão e destruir qualquer bostinha impedindo-o de ir para casa e finalmente descansar. Já não era o bastante a Utahime ter estragado o momento com o Yuuji?
"Vim apenas conversar" A maldição, não, um homem, saiu de trás de uma das colunas e se revelou para Gojo, o mesmo estava confuso. Ele sentia uma energia amaldiçoada que só conseguia detectar em maldições não em humanos.
"Poderia ser menos sinistro" O homem franze o nariz e demonstra cansaço. (Não era só a aparência).
"A história vai ser longa, talvez deva comer um dos doces, é sobre o Itadori" É a vez de Gojo enrugar a testa em confusão e curiosidade. Não é normal um estranho o seguir por duas quadras para falar sobre o Itadori e ainda ter a audácia de pedir um dos doces que ele comprou para o Itadori.
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AKAI BARA
FanficItadori e Sukuna nasceram no mesmo dia, da mesma mãe, porém, totalmente diferentes um do outro. Sukuna nasceu com o dom de ver maldições, mas, isso é um "poder" que ele nunca pediu para ter; Seu passado o assombra a cada segundo da vida, um misterio...