6 - O Vácuo

44 4 0
                                        

6 – "O vácuo"

Em raras ocasiões, Sukuna o permitia receber visitas – em certos momentos nem mesmo Megumi poderia aparecer na casa deles -, e ninguém nunca poderia quebrar as regras que devem ser seguida por "vermes inúteis" (era assim que ele gostava de chamar as pessoas que os atrapalhavam durante o dia) eram tantas regras que até mesmo o próprio Itadori esquecia o que era proibido fazer e ele o "punia" pelo o resto do dia – e da noite -; 1, Visitas devem esperar do lado de fora dos recintos e nunca deverá perambular por a casa sem supervisão; 2, Aqueles que desejam conversar com o Itadori irão fazê-lo apenas com a presença do Sukuna. Nunca ficar com o Itadori a sós.

Sukuna havia ditado essas e muitas outras proibições, como se alguém algum dia seria capaz de tirar Yuuji de sua possessão e do radar. Fugir do Sukuna era como girar em círculos com um monstro cruel no centro no qual você sempre voltará.

"Então, temos um trato?" Sukuna encara a mão do Fushiguro por alguns segundos antes de acenar positivamente com cabeça e ignora-lo, Megumi franziu o cenho e trocou olhares com Itadori. Estava claro que toda aquela conversa estranha sobre "ajuda para destruir Mahito" era totalmente besteira para tirar Itadori dali – Mas, ele já tinha deixado explicito que estava bem (não estava). – A porta se abre e uma das servas espera Megumi para acompanha-lo até a saída. "Te vejo amanhã, Yuu" Itadori sorriu com o olhar triste ao ver Megumi se retirar do quarto. A mulher fecha a porta novamente deixando eles ás sós.

"Achei que Fushiguro fosse mais inteligente que isso" Uma risada breve preenche o quarto, ele não tinha mais paciência o suficiente para lhe dar com feiticeiros tentando convencê-lo á se afastar do Itadori por alguns segundos. Felizmente, desde os acontecimentos em Shibuya, Gojo não seria um obstáculo em nenhum momento; Megumi estava tão preocupado e tenso que mal conseguia usar os shikigamis contra Sukuna (não funcionaria de qualquer maneira); Ninguém tem certeza do que aconteceu com Choso e o resto dos irmãos e Toji desapareceu assim que conseguiu eliminar a família Zen'in, ele não tinha o mínimo interesse no que acontecia dentro da escola Jujutsu ou fora dela.

"Eu e o Megumi somos mais que amigos, você sabe disso, não pode culpa-lo de tentar me tirar daqui" Yuuji solta um suspiro pesado de cansaço e se joga para trás deixando-se cair nas pernas do irmão, o tecido do quimono era tão macio e quente quanto o futon que ele acordava sozinho quase todas as manhãs – ele está no comando todos os dias, o outro Sukuna nem sempre estava ali para confortar Itadori.

"Você quer sair daqui?"

"Não! Claro que não! Mas, eu- nós temos que ajudar o Megumi, não podemos deixar que ele entre no jogo sozinho" Era como falar com uma parede (fria e sem emoção), não seria fácil convencer Ryoumen a prestar alguma assistência para qualquer outra pessoa fora do seu domínio.

"Eu tenho interesse no que o Mahito e o Koujaku fazem lá fora, desde que não me envolva" Uma das suas mãos pousa sobe cabeça de Itadori e outra no rosto acariciando com cuidado como se fosse quebra-lo. Três dias atrás Mahito havia tentado entrar na expansão e falhou miseravelmente graças a Sukuna que literalmente jogou-o do outro lado da cidade antes que ele falasse alguma coisa. Ele sabia o que estava havendo com o Japão há vários dias, ele teve que proteger Yuuji várias vezes de entrar sem intenção em uma das entradas do joguinho do Koujaku – Ele podia acabar com aquilo em um estalar de dedos, porém não o faria, não se importava; com o plano esquisito de Koujaku ou se sua expansão enfraquecia a cada dia que passava junto com seu poder. O Sukuna original lutava a cada segundo para voltar ao controle, aquela alma queimava sempre que suas noites com o Itadori se tornavam longas, ele se tornara fraco.

AKAI BARAWhere stories live. Discover now