13- Ressaca Moral, Turbulência e Ciúmes.

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Aline acorda depois de algum tempo e se vê num quarto diferente e totalmente desconhecido. Ela se senta na cama e leva a mão à cabeça que lateja insistentemente. Ela olha tudo a sua volta com espanto tentando lembrar onde está e como foi parar num quarto estranho.

_Oh! droga. Não acredito que fiz isso outra vez - ela sussurra. 

_Só espero que não tenha transado de novo com nenhum maluco perseguidor - diz para si mesma referindo-se a um erro do passado.

Aline sai da cama e anda até o banheiro, ela faz uma careta de descontentamento assim que se analisa no espelho. Seu cabelo desgrenhado e sua maquiagem borrada a deixaram ainda mais envergonhada.

_Céus! Eu estou um horror. - ela se espanta.

Ela liga o chuveiro e retira toda a roupa entrando no banho em seguida, Dayane ouve o barulho do chuveiro que vinha de seu quarto e decide ver se Aline precisa de ajuda.

Quando entra no quarto e ouve o barulho do chuveiro ligado, a curiosidade a aguça fazendo-a espiar pela porta entreaberta.

Dayane dá um suspiro pesado ao ver a silhueta de Aline pelo vidro embaçado do boxe. Ela passa a mão pelo rosto num gesto nervoso e seus olhos vidrados a contemplam silenciosamente, seu corpo agora em chamas, implora pelo toque daquelas mãos suaves e delicadas.

Dayane consegue sair de seu transe e com outro suspiro pesado, sai do quarto com a imagem desfocada de Aline nua em seu banheiro. Ela olha em seu relógio de pulso e constata que faltam apenas duas horas para o check-in no aeroporto internacional.

Ela havia tomado seu banho e estava perfeitamente vestida com uma camisa vermelha e calça jeans, as malas já estavam no carro e agora ela fazia o café reforçado para curar a ressaca de sua assistente.

Alguns minutos depois, ela bate na porta do quarto que agora está fechado. Aline se assusta com a possibilidade de não gostar do que verá e seu nervosismo aumenta.

_Quem é? - ela grita terminando de se vestir.

_Sou eu, abra a porta - Dayane diz, mas ela não reconhece sua voz.

_Eu quem? - ela pergunta vasculhando o quarto com os olhos a procura de um retrato, uma foto ou algo que possa identificar com quem dormiu. A falta de informação a deixa apavorada a ponto de um ataque de pânico.

Ela respira e inspira rapidamente tentando conter o pavor.

_Abre logo a porta Aline, precisa tomar seu café. Iremos nos atrasar para a viagem - Dayane fala desesperada do outro lado.

Aline arregala os olhos e corre em direção à porta, mas para no meio do caminho, levando a mão até a boca.

_Deus! Eu transei com aquela irritante e babaca da minha chefe?? Aí que vergonha! Vamos lá Aline... É só sorrir e agir naturalmente - sussurra sem saber o que fazer.

Como não poderia ficar ali para sempre e enfiar a cabeça em um buraco, ela coloca sua melhor cara de paisagem no rosto combinada com um sorriso tímido e abre a porta. Ela faz sinal para que ela entre e assim que Dayane passa pela porta ela fecha os olhos praguejando sua existência.

"Porque eu tenho que ser tão burra??"

Ela se vira e pega Dayane a observando. Um silêncio constrangedor se faz no ambiente e as duas enrubescem.

_Seu café - ela diz estendendo a pequena xícara de porcelana.

_Vai ajudar a se sentir melhor depois dessa loucura toda - ela arrisca um sorriso tímido.

Aline pega a xícara e olha para o café por mais tempo que o normal.

_O que foi?? - ela pergunta com a testa franzida.

Minha Assistente Tentação Onde histórias criam vida. Descubra agora