15- Praia, amassos e tequila com limão.

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Aline fica atordoada tentando processar o furacão avassalador que passou por ela e a deixou fora do prumo. Fechou os olhos e tenta se recompor, agradecendo por ela não ter ficado e visto sua cara de abobalhada.

Ela fecha o robe, passa as mãos nos cabelos para ajeitá-los e sai em direção a sua suíte. No corredor, encontra medrado de mãos dadas com uma moça, não reparou quem era, pois estava muito envergonhada para encarar qualquer pessoa que fosse naquele momento.

Assim que entra em sua suíte, tranca a porta e vai direto para o notebook, Léo estava off-line. Parecia travar uma batalha dentro de si, ela bufa e se joga contra o encosto do sofá, se apavora quando as imagens de Dayane invadem seus pensamentos.

Num gesto nervoso, ela alisa suas coxas no lugar onde Dayane havia tocado, como se pudesse ainda senti-la ali. Por fim, se recolhe e vai para o quarto, em cima da cama o seu celular começa a tocar insistentemente, era Léo.

Ela suspira e o nervosismo toma conta de seu corpo e ela decide apenas não encará-lo naquela noite. Amanhã ela lidaria com isso, quando o telefone para de tocar, ela fica aliviada. Na tela, a insistência de Léo a alarma, pois havia dezessete ligações perdidas e três mensagens.

Ela clica para ler.

Léo: " O que está acontecendo?? "

Léo: "Porque desligou a chamada na minha cara??"

Léo: "Responda Aline"

Sem saber o que dizer, apenas digitou uma responta rápida e curta.

Aline: "Me liga pela manhã, estou cansada. Te amo"

Ela olha para as palavras escritas e pela primeira vez em meses de namoro, fica insegura pelas duas últimas palavras. Confusa, ela apaga e começa outra vez.

Aline: "Estou cansada, me liga pela manhã. Beijos" - e ela envia a mensagem.

Dayane ainda perdida em suas emoções e sentimentos desconta sua frustrações num copo de uísque, no bar do restaurante, o garçom a olha e diz:

_Amor! Pero no podemos vivir sin, no es así? - o homem diz arrancando sorrisos sarcástico de Dayane.

_Su primera vez?

_No, creo que tengo una tendencia a sufrir por amor - Dayane diz com um brilho triste nos olhos.

O homem não faz mais perguntas, apenas completa o copo de Dayane que já estava quase vazio, ela lhe da um sorriso e levanta o copo cheio, como se brindasse algo. Em seguida, entorna o conteúdo para dentro da garganta, fazendo uma careta no final. 

Após algumas doses, ela decide que o melhor a fazer é ir dormir e esperar pela reação de Aline no dia seguinte.

***

A claridade do sol transpassa as enormes janelas de vidro causando desconforto em Aline, ela se espreguiça em sua cama levantando em seguida. Caminha até a varanda fechando seu robe e contemplando o belo dia a sua frente, terças-feiras, nunca foram tão bonitas para ela, como naquele momento.

O canto dos pássaros, a bela paisagem formada a sua frente da área de lazer, o mar... tudo aquilo a empolgava. Pensando em espairecer e organizar as ideias em sua mente, decide tomar banho, fazer sua higiene matinal e cair no mar. Mas antes, ela liga para o serviço de quarto e pede seu café.

Vai até a sala e deixa a porta da suíte destrancada, como fora instruída pela recepção, para que pudesse levar seu café até o quarto sem incomodá-la em seu banho, Dayane já estava de pé, impecavelmente vestida para uma volta pela cidade, com o último dia, ela achou que Aline gostaria de conhecer as redondezas antes de voltarem ao Brasil.

Minha Assistente Tentação Onde histórias criam vida. Descubra agora