Minha Assistente Tentação

3- A vingança é um prato que se come frio.

Dois dias se passaram após Dayane ter conhecido Giulia. Na verdade, naquele mesmo dia, ela descobriu que ela era uma das strippers da boate, tinha apenas 27 anos e a fez uma proposta.

Absurda até, eu diria, mas Dayane era assim, impulsiva. Em uma de suas conversas com ela, Giulia deixou escapar que tinha uma amiga que trabalhava em uma grande advocacia e que havia mandado um currículo na esperança de mudar de vida.

Dayane quase surtou ao saber que ela falava da empresa de sua ex-noiva, Rosalinda. Então, ela ofereceu emprego a ela como sua assistente pessoal.

Teria um bom salário, um Flat pago pela empresa e outras mordomias, como: um carro a sua disposição por tempo indeterminado e também pagaria um curso na melhor universidade de São Paulo. Giulia ouvia tudo abismada.

_E o que eu teria que dar em troca? Sim porque isso é mais do que deveria ganhar uma assistente pessoal - ela perguntou cismada.

_Quero que me ajude. Que seja uma espécie de espiã. Quero que consiga todas as informações possíveis com sua amiga, sobre a empresa onde ela trabalha. Mas especificamente sobre a advogada Rosalinda - Dayane explicou.

_O que quer com ela? Não quero nenhum tipo de problema para o meu lado - ela recuou.

_Não irei metê-la em problemas. Eu prometo - ela sorriu pegando em sua mão.

_Uau! - ela sibilou. _Um carro, um apartamento, emprego com um ótimo salário...-- ela sussurrava para ela mesma, não acreditando na reviravolta que sua vida daria, caso ela aceitasse. _ Aceito

_Yes! - ela se animou.

_Mas... Tenho uma condição - ela a olhou nos olhos.

_Fora tudo isso que lhe ofereci? Já está abusando - ela sorriu.

_Quero saber o por que? Um silêncio desconfortável pairou entre elas.

_O por que do quê?

_O porque de querer que eu faça isso tudo. o que de tão grave essa tal de Rosalinda te fez? - ela sorriu diabolicamente girando seu copo na mesa.

_Ela me traiu - disse numa carranca.

_Mulheres fazem isso todo o tempo e homens também - ela retrucou. _Não deveria se importar com isso.

_Eu a amava, íamos nos casar, quer dizer eu ia pedi-la em casamento, quando a vi nos braços de outro. Ela acabou com todas as minhas esperanças de um dia ser feliz. Me fez desacreditar do amor, da vida... Me fez desacreditar que serei feliz novamente.

_Isso me parece muito com " dor de cotovelo" vai por mim, isso passa - ela riu deixando-a nervosa.

_Se não passou em um ano, não irá passar nunca mais - ela disse com convicção.

_Ah! o seu ego foi atingido - ela revirou os olhos.

_Me conte os detalhes, quero saber tudo. Vamos começar traçando uma estratégia de vingança maligna - ela gargalhou.

_Isso não é brincadeira. Eu jurei que iria destruí-la e vou, nem que seja a última coisa que farei na minha vida- ela se enfureceu por Giulia zombar de sua dor. _Vai me ajudar ou não?

_Mas é claro, chefinha! - ela sorriu levantando seu copo de uísque para brindar e solidificar a união entre elas. Dayane bateu sei copo contra o dela e ao tilintar dos copos, sorriam e piscaram uma para outra.

_Me encontre daqui a dois dias em minha empresa. Quero começar o mais rápido possível - ela disse jogando sobre a mesa, um cartão de visita que havia em sua carteira. Na parte superior estava escrito Mello's Construtora e Incorporadora - Ltda.  Giulia arregalou os olhos e disse surpresa: