16- Constrangimento, tensão e problemas.

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Ainda era madrugada quando Aline começou a arrumar as malas, na suíte de frente, Dayane fazia o mesmo. Medrado estava mais preocupada em pegar o contato da mulher com quem passou mais uma noite.

Pelo visto, Jaqueline conseguiu deixá-la interessada, medrado nunca ficava com a mesma mulher por mais de uma noite.

No relógio, sete da manhã.

Aline liga para Léo, mas novamente, a ligação cai na caixa postal, três batidas na sua porta e ela corre para abrir.

_Bom dia - Dayane diz seca.

_Estamos te esperando no carro, pedirei para que venham buscar suas malas - ela diz e sai pelo corredor.

Aline a acompanha com os olhos, até que Dayane entra no elevador e dá um suspiro pesado, ela sabia que o constrangimento pela noite anterior, seria inevitável. Ela termina de se arrumar e sai logo em seguida.

Já no carro, Dayane dá as instruções para o motorista e todos seguem para o aeroporto. Assim que entram no avião, medrado troca as passagens propositalmente e se senta no lugar que seria de Aline, para que ela pudesse se sentar ao lado de Dayane.

Quando ela se senta, sente seu desconforto, nenhuma das duas abre a boca para conversar durante a viagem, medrado olha para elas e apenas ri, estava claro que aquela tensão toda, só poderia ser algo mal resolvido. 

Por fim, Aline dorme e em seguida Dayane faz o mesmo.

***

Chegaram ao Brasil, tarde da noite, Dayane pede para o motorista que as esperavam, para levar Aline para casa, ela fica decepcionada, pois pensava que Dayane a levaria. A frieza com que a tratou, deixou-a pensativa e lá no fundo, sentiu algo parecido com raiva.

Não sabia ao certo decifrar seus sentimentos naquele momento, mas percebe o quanto a incomodou ser ignorada por Dayane após terem compartilhado algo tão íntimo como um beijo. A falta de diálogo deixou Dayane ainda mais irritada, ela não sabia o que se passava na cabeça de Aline. Esperava um sinal de que tudo estava bem entre elas.

O silêncio, foi pior coisa que teve de lidar. Dayane queria gritar, expor seus sentimentos e dizer a Aline que ela não iria desistir tão fácil.

Mas para quê? - ela pensa. Aline é apaixonada por alguém que sequer existe, ou melhor, existe sim, porém não se importa o bastante para estar ao seu lado.

_Boa noite, senhorita Aline - o motorista diz, ajudando-a com as malas.

_Obrigada.

_A senhorita Mello pediu para que tirasse folga amanhã.

_Farei isso sim. - ela diz a contragosto.

"Dayane deve esta arrependida, já que quer se livrar tão rápido de mim" - Aline pensa enquanto caminha para dentro de sua casa.

Neia ao vê-la, corre para abraçar a filha.

_Minha menina! Como foi de viagem?

_Foi ótimo - ela diz sem muito entusiasmo.

_Quero saber de todos os detalhes.

_Amanhã mãe, hoje estou um caco - ela diz dando um beijo carinhoso em sua testa, Neia fica preocupada com a reação da filha, mas decide dar a ela privacidade.

No apartamento de Dayane, ela anda de um lado para o outro, pensando na melhor forma de conquistar a Aline. Todas as suas ideias parecem ridículas, ela ri só de pensar em ter que fazer tudo o que passa em sua cabeça, para que ela veja o quanto a ama.

Dayane pega o celular e liga para sua mãe, após dois toques, ela atende.

_Alô.

_Oi mãe, sou eu. Acabamos de chegar de viagem, só queria dizer que está tudo bem - ela diz desanimada.

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