Um prólogo muito confuso

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[Amanda]

O ódio que eu tenho do Ford aumentou em 1000%, como eu odeio aquele velho machista arrombado desgraçado.

Talvez eu tenha um pouco de culpa, mas jamais admitiria isso.

Enfim, eu estava ocupada fazendo meus bagulhos quando o velho arrombado chegou mandando que eu levasse um trambolho estranho para o Dipper, que estava no meio da floresta fazendo um experimento aleatório e eu falei que não.

Ele ficou meio puto, mas não insistiu, pensei que tinha me livrado, percebi que me enganei quando vi ele indo até o Soos e falando alguma coisa, saindo da Cabana com aquele trambolho logo depois.

Não demorou para o Soos se aproximar de mim e falar um: "O Ford pediu para você organizar o laboratório. Pode fazer esse favor para ele?"

Como vocês sabem, eu nunca consigo negar um pedido do Soos e agora eu tô aqui nessa porra.

Sinceramente, era muito melhor quando o Stan cuidava desse lugar, tinha sempre algum pacote de salgadinho ou coisas interessantes perdidas no meio dos papéis. Agora é tudo tão organizado que dá nojo, não tem nenhuma barata, nenhum rato andando por aí, é tudo tão limpo demais.

Mas voltando ao assunto, eu odeio aquele velho por mandar o Soos me dar tarefas porque sabe que eu não tenho como recusar.

Que ódio.

Dou um chute em uma estante velha, que rangeu, derrubando algo na minha cabeça.

— Porra! — Gritei com raiva, passando a mão no lugar atingido e encarando a coisa que agora estava no chão.

Era uma caixa de madeira bem estranha, com algumas coisas entalhadas, mas o que mais me chamou a atenção era o triângulo com um olho, que era o desenho mais grande na tampa.

Ford e sua tara por triângulos com olho… ou tara pelo Bill… que nojo.

Balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos horrorosos, voltando a encarar a caixa no chão.

Eu não devia mexer nesse treco, porque pode ser perigoso, assim como 90% das coisas que o Ford tem nesse laboratório, mas a velha curiosa e fofoqueira que existe dentro de mim não resistiu.

Juntei a caixa do chão, ela era bem pesada, como essa merda não achatou a minha cabeça quando caiu?

A segurei com cuidado, colocando em cima da mesa mais próxima, amassando alguns papéis, mas não me importei com o que era, o Ford que lute com isso depois. Abri a tampa lentamente, sentindo um pouco de medo do que poderia ter ali dentro. Medo de eu sem querer abrir essa caixa e liberar algum outro irmão do Bill que estava aprisionado ou talvez uma variante nova do Corona.

Ao ver o que era, fiquei aliviada, mas um pouco decepcionada também. Uma caixinha de música. A caixa era apenas isso, uma caixinha de música daquelas que você dava corda e a bailarina dançava, mas no lugar da bailarina tinha um… sim, era a porra de um triângulo com um olho! Porra Ford.

Ignorei esse detalhe, eu sempre fui apaixonada por essas caixinhas de música, então eu procurei a chave para dar corda, mas não achei. Olhei por toda a parte de fora da caixa e não a achei. Como alguém faz uma caixinha de música sem o treco de dar corda?

— Mas que merda! — Comecei a olhar os mecanismos de dentro da caixa, procurando se a chave não estava escondida dentro, não achando nada. Estava tirando a minha mão de dentro da caixa quando passei ela sem querer no triângulo que girava, sentindo minha mão arder. Olhei rapidamente, vendo sangue cair em cima daquela coisa, sangue da minha mão. — Caralho! — Puxei ela, vendo o corte grande que tinha na lateral e saia muito sangue, como aquilo era possível?

O clichê do vampiro | Side storyOnde histórias criam vida. Descubra agora