Nunca xingue a mãe de um valentão

22 1 34
                                    

Era hora da troca de aulas e Amanda havia se separado dos seus dois “fieis escudeiros” para ir ao banheiro, na volta, quando estava indo para o seu armário pegar o material, ela pôde ver um pequeno burburinho vindo de alguns armários de distância do dela.

Provavelmente eram aqueles idiotas do último ano enchendo o saco de algum coitado. Ela até cogitou a ideia de ir ajudar, porém, não queria se atrasar novamente e, se fosse participar da confusão, provavelmente iria parar na diretoria por ter agredido alguém. Pode parecer estranho, mas a garota não gostava de brigar.

Suspirou, pegando suas coisas e fechando o armário. Infelizmente, sua próxima aula era na sala que ficava na direção de onde estava acontecendo a confusão, então ela seria obrigada a passar por lá.

Amanda olhou ao redor, vendo se Derek ou Samuel estavam por perto, ou até mesmo o garoto novo, Will, com quem ela ainda não tinha tido a chance de conversar, pois parecia que ele estava fugindo dela… Será que ela o assustou por gritar igual a uma maluca no meio da aula em uma língua que ele, provavelmente, não entendia?

Claro que não.

A garota começou a caminhar em direção de onde alguns babacas estavam cercando alguém, ela tentou passar rapidamente para não se sentir obrigada a ajudar, mas parou ao ouvir a voz irritante do garoto que havia discutido com ela mais cedo.

— Qual é, garotinha? — Ele falava de forma debochada. — Como é o seu primeiro dia, deve pagar o nosso almoço, não acha?

A morena sentiu seu sangue ferver ao ouvir aquilo, ela já imaginava quem era a pessoa que eles estavam azucrinando, mas teve certeza ao ver uma cabeleira azul entre aqueles caras.

Esquecendo totalmente o seu plano de ir para a aula, Amanda se aproximou de um dos garotos, o mesmo que havia falado um monte de merda mais cedo, cutucando seu ombro.

— O que foi, porra? — O garoto, que estava de costas, prensando Will contra o armário, se virou irritado para a pessoa que havia o cutucado.

Imediatamente o cara foi acertado por um soco, sem nem saber de que direção aquele golpe havia vindo, caindo no chão igual bosta.

Puta que pariu. — Amanda balançou a mão, que doía por conta da força que usou.

Os outros dois marmanjos que estavam com o garoto, encararam a morena surpresos, logo tomando uma expressão brava em seus rostos.

— Sua… — O que estava no chão resmungou.

— Sua o que? — Ela o encarou, logo olhando para os outros dois. — Sério isso? Três marmanjos do tamanho de vocês têm coragem de ameaçar um cara sozinho? Seus covardes do caralho.

O garoto que estava no chão levantou rapidamente, com sangue nos olhos, ele estava possesso. Como era alguns centímetros mais alto que a nossa protagonista, se ergueu, ficando de frente para ela, em uma posição ameaçadora.

— Quer que sejam três contra você? — Ele estufou o peito, tentando intimidar a garota.

— Isso era pra ser uma ameaça? — Provocou, se divertindo com a expressão do outro ao receber uma resposta inesperada.

— Sua vadia. — Murmurou com desgosto.

Um sorriso debochado se formou no rosto da morena, que colocou uma mão na cintura e encarou o garoto.

— Já vai partir pra agressão verbal? — Riu. — Saiba que eu sou ótima nisso.

Will acompanhava a discussão dos dois, apoiado nos armários, ele sentia o olhar dos outros valentões em cima de si, sabendo que não teria chance alguma de fugir. Se sentia como um animal encurralado.

O clichê do vampiro | Side storyOnde histórias criam vida. Descubra agora