Elizabeth Petrova é uma adolescente de 17 anos, vive em Outer Banks curtindo ao máximo tudo que a ilha tem a oferecer. Mas nesse verão as coisas vão mudar, tudo por causa de uma aposta, caça ao ouro, novos amigos e uma paixão.
História +16
*A histór...
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𝑳𝒊𝒛𝒛𝒊𝒆
-Oi Elizabeth -ela fala seca
-Suas férias já terminaram? Está de volta a Nova York?
-Sim, essas duas semanas longe de tudo foram ótimas -ela suspira- Mas infelizmente quando voltei tive uma surpresa desagradável
-Que tipo de surpresa? -engulo em seco
-Seu Instagram, as novas postagens
-O que tem de errado, as férias de verão começaram, só estou aproveitando
-Aproveitando igual uma vadia bêbada? Porque é isso que você ta parecendo, sabe que quando me contratam eles pesquisam sobre minha família? O que vão pensar quando virem aqueles fotos suas obviamente em uma festa que tem drogas, bebidas e gente transando a cada passo? -ela respira fundo do outro lado da linha
-São so fotos mãe, com meus amigos, não mostra nada-ouvi uma risada sarcástica do outro lado
-Você é tão egoísta Elizabeth, eu posso perder trabalhos por isso...mas isso é culpa do seu avô, ele deixa você fazer o que quiser
-Pelo menos ele ta aqui pra me criar -ela já tinha me tirado do sério
-Já chega! Eu estou longe pra te dar uma boa vida, mas ainda sou sua mãe e sua responsável, se continuar fazendo essas coisas te coloco no internato aqui em Nova York
-Eu não vou sair de Outer Banks
-Estão me obedeça! Se quer se comportar igual uma vadia, faça isso sem postar na internet, seja menos egoísta e eu te deixo ai nesse fim do mundo -ela suspira- E mais uma coisa, cerveja incha e vocês esta inchada ou grávida né...agindo assim tudo é possível -ela desligou sem me deixar nem responder
E mais uma vez Katherine me ligou, fez seus estragou e foi embora me deixando destruída, eu não podia nem me divertir nas minhas férias que já me tornava a pior pessoa do mundo, uma vadia como ela mesmo disse, como podia uma mãe tratar a filha assim, sendo que sempre tento deixar ela orgulhosa, tento chegar aos pés da grande modelo, mas nunca é o suficiente e ela me destrói toda vez sem se importar.
Tudo que eu queria era gritar e chorar, sentia minha respiração acelerar e minhas mãos tremerem, eu odiava o efeito que ela causava em mim, odiava me sentir tão vunerável e inútil depois de falar com ela. Não conseguia mais controlar, se eu não colocasse pra fora sentia que poderia explodir, olho pro celular e a raiva aumenta, me lembro que segundos antes a voz dela saia pelo aparelho me fuzilando.
-EU ODEIO VOCÊ -jogo o celular no chão e grito o mais alto que conseguia
No mesmo momento o arrependimento bate forte, eu não queria surtar assim, não por causa dela, ela não merecia meu tempo ou minhas lágrimas. Levanto e me abaixo torcendo para que o celular estivesse inteiro, mas óbvio que ele estava aos pedaços, totalmente como eu, eu me sentia aos pedaços por dentro, quebrar o celular e gritar não fizeram a dor interna melhorar e eu queria que ela passasse, que doesse menos.
Olho pras minhas mãos trémulas e pro chão, já faziam meses que eu não fazia isso, não queria recair, mas só isso me ajudaria, só a dor física iria ajudar com a dor sentimental, focar na dor física ajudaria a esquecer tudo que ela falou. Fecho os olhos e soco o chão, repetidas vezes, foquei na dor das mãos e só iria parar quando fosse totalmente insuportável, porque só assim eu ficaria melhor.
Soquei o chão mais algumas vezes, até sentir duas mãos envolverem minha cintura e me puxarem pra cima.
-Ficou maluca? -abro olhos e me viro, dando de cara com dois pares de olhos azuis que encaravam minhas mãos- Elizabeth ta me ouvindo!?
-Me solta -esbravejo me afastando dele- Volta pro seu trabalho pogue e me deixa em paz, eu to ótima -tentava segurar as lágrimas mas elas insistiam em sair
-Suas mãos -olho pra elas e percebo que estão tremendo, além de estarem completamente cheias de sangue- Precisa cuidar disso, vamos entrar e eu te ajudo
-EU NÃO QUERO SUA AJUDA -volto a olhar pro garoto na minha frente- Esquece isso, você nunca viu nada disso, AGORA SAI -tento passar por ele, mas o loiro passa um dos braços pela minha cintura me segurando ali
-Pode gritar o quanto quiser, você ta machucada, vou ajudar, queira você ou não -ele me olha sério
-Você ta demitido! Então pode ir embora antes que eu aproveite e soque sua cara -falo raivosa
-Não me importo...nós vamos entrar e eu vou ajudar você, isso por bem ou por mal -reviro os olhos, ele não iria ceder, então concordo com a cabeça
Ele solta minha cintura e fica parado ao meu lado, olho pra ele uma ultima vez e caminho em direção a cozinha com ele atrás de mim, sento em uma das cadeiras olhando pra baixo tentando me acalmar
-Onde ficam os primeiros socorros?
-Na segunda gaveta do armário pequeno
Ouço o barulho dele mexendo no armário e depois vejo o loiro sentar na cadeira da frente puxando minhas mãos pra perto dele, levanto o olhar que se encontra com o dele no mesmo instante.
-Talvez doa uma pouco -ele fala calmo e olha pras minhas mãos
~~••~~••~~••~~••~~~~••~~••~~••~~••~~ Oii!!
Capitulo tenso, vemos que realmente a Lizzie não tem uma boa relação com a mãe.
