𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 33

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𝑹𝒂𝒇𝒆

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𝑹𝒂𝒇𝒆

Dia depois do baile/ 07 de agosto

Depois do baile eu e os outros fomos beber um pouco e terminamos a noite na casa do Kelce. Voltei pra casa pela manhã, não estava com tanta ressaca quanto costumava ficar, na verdade sempre fiquei ruim depois de festas porque extrapolada com a coca.

-Rafe -ouço a voz do meu pai

Eu estava na ponta da escada, pronta pra subir pro meu quarto. Paro e me viro pra ele, ele estava na sala, então ando até ele.

-Bom dia pai, acordou cedo

-Bom dia, diferente de você eu tenho que trabalhar -ele me olha sério- Como futuro dono das empresas Cameron deveria saber que o baile de solstício é um otimo lugar de negócios e o dia após também é muito importante, mas claro que a única coisa que te importa é bebida

-Você não me pediu ajuda ou avisou, como poderia saber?

-Caso se interessasse de verdade saberia desse tipo de coisa, mas você so se importa em gastar meu dinheiro com drogas, bebidas, garotas, aquela sua moto -ele nega com a cabeça- Você é uma vergonha, sorte que ainda tenho mais duas filhas que vão poder honrar o legado Cameron

-A Sarah nem está aqui, vive com os Pogues e a Whezzie é uma criança

-Pra você ver o quão ruim você é, agora suba pro seu quarto e tente fazer algo de útil

Apenas concordo com a cabeça e subo pro meu quarto, assim que entro no cómodo sinto meus olhos marejados e algumas gotículas caírem. Eu queria ser o filho do qual meu pai sentiria orgulho, eu tentava ser, mas nada parecia funcionar, ele parecia nunca me notar, desde que eu era criança, assim que a Sarah nasceu ela se tornou a garotinha dele e eu fiquei de lado, mas ainda tinha minha mãe, mas quando ela morreu eu perdi tudo, sabia que ele me culpava, afinal minha mãe morreu em um acidente de carro quando foi me buscar no Cut, eu tinha matado aula e ido com uns amigos ate o lado pogue. Ela foi me buscar e um idiota bêbado acabou fazendo ela bater o carro em uma árvore, ela ficou no hospital por uma semana e depois morreu, sabia que a culpa era minha, se eu não tivesse matado aula ela ainda estaria aqui, e sabia que era a mesma coisa que meu pai pensava.

Pensar nela só me causava mais dor, eu também não era o filho que ela iria querer que eu fosse, sabia que tinha errado muito no meu caminho durante esses anos, as vezes achava que meu pai estava certo, eu era um inútil, um fraco e uma vergonha. Mais lágrimas caem e sinto minhas mãos tremerem, as palavras do meu pai ecoavam na minha cabeça, não só as de hoje mas todas as vezes que brigamos, também lembrava da minha mãe, ela naquela cama de hospital morrendo a cada dia, penso em quão decepcionada ela estaria, eu sempre decepcionada todos.

Pego o celular e ligo pra Lizzie, mas ela não me atende, provavelmente estava com o JJ, ela saiu do baile com ele, mas ela precisava me atender, eu precisava dela, tento ligar pra ela mais duas vezes mas ela não atende, jogo o celular longe, "otimo momento pra ela estar ocupada com o pogue".

A Aposta - JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora