Capítulo 20

120 12 41
                                    

Naquela manhã fria e enevoada, pai e filho tiveram que comparecer de urgência ao parlamento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Naquela manhã fria e enevoada, pai e filho tiveram que comparecer de urgência ao parlamento.

Chegando por lá, todos estavam aflitos e nervosos. Os ministros faziam burburinhos entre si, deixando o rei e o príncipe com os hormônios fervendo à flor da pele, para saber qual a sentença que haviam de ter.

No dia anterior o rei havia recebido uma carta na hora do almoço, que mudou completamente o seu humor. E no dia seguinte ele estava ali, sentado sobre seu trono na câmara dos lordes, com seu filho herdeiro bem ao seu lado.

A agonia tomava conta do coração dos dois, e eles mal podiam esperar para ouvir a sentença, seja ela qualquer que fosse, boa ou ruim. No entanto sabiam que o que viesse, ia mudar completamente o rumo de suas vidas.

- Bom. Nós chegamos ao um acordo unânime e vimos que vossa magestade tem muitas acusações de fraude em seu nome- Callum se remexeu na cadeira apreensivo- E infelizmente é inadmissível que um rei esteja numa situação dessa- Collins suspirou, dando uma pausa antes de continuar- Por isso. O conselho decidiu que o melhor é manter vossa majestade longe do cargo de monarca real.

- Como assim?- Philippe interveio aturdido- Não podem tirar meu pai do trono como se coloca um lixo pra fora de casa- o príncipe parecia bastante alterado, e sua voz exalava um certo tom embargado.

- É isso ou deixá-lo ir pra cadeia- bradou o primeiro-ministro- O que você prefere? Se todas as provas do que está acontecendo no país apontam para ele.

- Está dizendo que o meu pai é o culpado?- Philippe franziu o cenho um pouco irritado.

- É o que diz aqui- Collins apontou para alguns documentos em cima da mesa.

Naquele momento, de repente, ele se lembrou do que o substituto do procurador geral havia lhe dito. E era tudo verdade. Alguém estava mesmo acusando seu pai de roubo. Mais quem? E porque faria uma coisa dessa?

O príncipe sentiu seu sangue começar a ferver em suas veias. E tudo que ele apenas conseguia ouvir era os grunhidos do sangue em seu ouvido. A vontade que tinha era de agarrar seu pai e tirá-lo correndo dali e se esconder de tudo e todos, para que ninguém tomasse o que era seu de direito e que agora estão tentando de alguma forma tomá-lo. Mas infelizmente não poderia fazer isso, não era uma coisa que simplesmente dava pra fugir e esquecer. A verdade, por mais que ela estivesse disfarçada de mentira, não dava pra ser ignorada.

Philippe andava de um lado para outro inquieto passando as mãos por cima do cabelo parecendo que iria o arrancar. Seu pai por sua vez não dizia nada, muito menos emitia alguma reação. Só ficava ali parado, sentado, fitando o chão ou as próprias mãos. Calado e pensativo.

- Se é assim que vocês querem. Assim será feito- pronunciou o rei finalmente sem esboçar nenhuma reação.

- Mais papai, o senhor não pode permitir isso- bradou o príncipe quase choramingando.

Uma pequena confeitariaOnde histórias criam vida. Descubra agora