- Pois bem. Sente-se- Callum ofereceu o lugar no sofá para ele.
- Pai- hesitou antes de continuar- O senhor sabia que está sendo acusado de roubo?- comentou temeroso.
- Sabia- suspirou confessando.
- Não me diga que o senhor realmente tem alguma coisa haver com isso?- Philippe apertou a mão, apreensivo, disfarçadamente no braço do sofá.
- Me diga você como sabe disso?- bradou o rei tentando mudar de assunto.
- Porque eu sou o futuro rei- rebateu no mesmo tom, mais baixo logo em seguida recebendo um olhar repreensivo de seu pai- Assumirei o seu lugar um dia. Estou quase sempre envolvido nos assuntos que dizem respeito ao senhor e ao reino- gesticulou eufórico- Pai me diz que o senhor não tem nada haver com isso?- se chegou ficando na ponta do sofá- Me diz que o senhor não está roubando seu próprio país e prejudicando o seu povo?- os olhos do príncipe brilhavam por causa das lágrimas que ele retinha para não chorar.
- Não. Eu não estou- suspirou- Mais o que adianta?- deu de ombros- Eu sou a figura desse país. Mesmo não sendo eu quem mando, se algo acontecer a culpa primeiramente sempre será minha- gesticulou.
- É por isso que nós precisamos fazer alguma coisa, pai- gesticulou apressado- Não podemos deixar isso assim e permitir que o senhor perca a sua coroa.
- Nem pense em fazer nada- ordenou- Você está proibido de mexer com esse assunto. Mais nada- bradou Callum quando Philippe tentou intervir- Eu já disse que não quero você envolvido com isso.
- É que não dá pra ficar de braços cruzados e ver tudo que nossa família conquistou indo por água abaixo por causa de um golpe- Philippe se levantou andando de um lado para o outro apreensivo.
- Meu filho, me prometa que não vai se envolver com isso?- Callum se aproximou implorando, olhando fundo nos olhos de seu filho- Eu tenho medo que...- ele hesitou perdido em pensamentos.
- De que eu morra também como aqueles investigadores, que investigavam a morte da minha mãe?- Philippe arqueou a sobrancelha, irônico.
- Me desculpe. Mas não posso permitir que o meu filho, o meu herdeiro, se meta em algo que não diz respeito a você- gesticulou.
- Mais como não papai? Se algo acontecer com senhor acontece comigo também.
- Eu já disse- vociferou- Deixa que a polícia ou qualquer outro que tem haver com isso resolva esse assunto. E você fique fora disso. Por favor- ordenou quase suplicando.
Um segundo silêncio se instaurou no ambiente deixando os dois desconfortáveis.
- Acho melhor nós irmos almoçar agora- comentou o rei encerrando de vez aquele assunto.
Seguiram até a sala de jantar, juntamente com os restante da família real, que os aguardava na mesa para almoçar, e o almoço foi servido normalmente como todas as outras vezes. Exceto pela tensão que os acompanhou pairando no ar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma pequena confeitaria
RomanceEmma é muito dedicada e esforçada em seu trabalho na confeitaria que herdou de seu pai após a sua morte, entregando sempre o melhor de si para fazer os deliciosos bolos de toda a cidade. Por isso, em um dia comum e inesperado, alguém aparece batendo...